Jornal Correio Braziliense

Economia

Manifestantes fazem ato em frente ao Congresso contra a reforma trabalhista

Com a sessão suspensa, contudo, várias pessoas já deixaram o local, mas prometem voltar no fim da tarde

;A gente quer mostrar nossa posição contra a reforma, porque ela é o preço que o empresariado está cobrando pelo golpe. Além disso, ela rasga todos os direitos trabalhistas conquistados ao longo dos anos;, completou Rodrigues.

Um carro de som está estacionado na Alameda dos Estados, também em frente ao Congresso. Além de tocar músicas ; todas nacionais, conforme destacou um dos locutores ; ele também informa como está a movimentação de senadores dentro do Congresso. A última informação passada aos manifestantes é que as lideranças partidárias estão reunidas para discutir se a votação da reforma será retomada ou adiada.


Cruzes

Várias cruzes foram instaladas em frente ao Congresso. Cada uma delas representa um direito trabalhista que, na visão dos manifestantes, será ;assassinado; pela reforma Trabalhista. Outra cruz ; esta, maior ; foi trazida pela vice-presidente da CUT Brasília e diretora do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF), Meg Guimarães, para representar sua categoria. ;A gente acredita que essa é uma contrarreforma, porque ela não traz nenhum avanço, só retrocesso. Ela mexe até com direitos que foram conquistados há cem anos;, avaliou.

Meg disse ainda que a suspensão da sessão plenária onde a reforma seria votada é uma ;vitória parcial, conquistada com o esforço de alguns senadores;, dentre os quais ela cita como exemplo Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR). Por fim, a diretora do Sinpro critica outros projetos propostos ; e alguns já aprovados ; pelo governo de Michael Temer, como a Reforma da Previdência, a Lei das Terceirizações e a PEC do Teto de Gastos.

;As duas reformas se complementam. Uma precariza as condições de trabalho, enquanto a outra inviabiliza que essa massa precarizada de trabalhadores tenha acesso a aposentadoria. Tudo faz parte de um desmonte muito grave;, ponderou.

Votação suspensa


A sessão aberta que discute a reforma trabalhista foi suspensa nesta terça-feira (11/7) após confusão entre parlamentares no Senado. O presidente da Casa, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), decidiu interromper a discussão do tema após cinco senadoras da oposição ocuparem a Mesa do Plenário, onde fica a cadeira do presidente, e se recusarem a deixar o local. Cerca de cinco minutos depois, as luzes do Plenário foram parcialmente apagadas e os microfones, desligados.