Vera Batista
postado em 18/07/2017 06:00
A economia brasileira criou 9.821 postos formais de trabalho em junho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), alta de 0,03% em relação ao mês anterior. Nos seis primeiros meses deste ano, 67.358 vagas foram abertas, o primeiro número semestral positivo desde 2014. ;Criamos novas vagas com carteira assinada pelo terceiro mês consecutivo. Os investimentos e os empregos estão voltando;, comemorou o presidente Michel Temer, pelo Facebook.
;Tenho muito orgulho em dizer que vencemos a maior recessão de nossa história e temos que celebrar a reforma trabalhista;, disse Temer. A mesma ;revolução; feita na relação entre patrão e empregado, prometeu, acontecerá no sistema tributário em ;brevíssimo tempo;. ;Melhoramos nossa competitividade, abrindo novos mercados para que as empresas nacionais possam gerar emprego para todos os brasileiros;, reforçou.
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O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, disse que gostaria que os números fossem ainda melhores. ;A economia dá sinais de recuperação. Melhor que seja gradual e em patamares menores do que virmos a ter uma bolha;, destacou. Dois setores puxaram o resultado de junho: a agropecuária, com a criação de 36.827 postos, e a administração pública, com a abertura de 704 vagas. Os demais setores tiveram resultados negativos: construção civil (-8.963), indústria de transformação (-7.887), serviços (-7.273) e comércio (-2.747).
[SAIBAMAIS]Apesar da melhora, o quadro do emprego ainda mostra fragilidade. Nos últimos 12 meses, 749.060 postos formais de trabalho deixaram de existir no país. Para André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, o resultado de junho é uma boa notícia, porém, ;dado o tamanho da destruição de vagas, entre março de 2011 e hoje, o saldo é praticamente zero;. ;Em abril, já havíamos entrado no terreno negativo, começando com um tombo de 57,8 mil empregos;, lembrou.
Robson Luiz Santiago, 24 anos, vendedor de blusas estampadas, estava sem ocupação desde novembro de 2016. Começou a trabalhar há cinco dias. ;Eu entregava currículos, acessava sites de empregos, mas o que fez a diferença foi o contato com outras pessoas do ramo;, contou. Situação semelhante aconteceu com a vendedora Keila Daiane Alves, 29. Entrou em novo emprego há um mês. ;Se não fosse o contato com as amigas de trabalho, eu não teria arrumado a vaga;, contou.
Colaborou Andressa Paulino
Colaborou Andressa Paulino