postado em 18/07/2017 18:16
Em coletiva de imprensa na tarde desta terça (18/7), a Secretaria do Tesouro Nacional que revisou o déficit primário do governo federal em 2016 de R$ 154,255 bilhões para R$ 161,198 bilhões. A medida foi tomada depois de um estudo feito pelo órgão junto com o Banco Central (BC), que verificou discrepâncias em dados orçamentários do Financiamento (Fies).
As diferenças foram notados desde o início do ano, segundo Ana Paula Vescovi, secretária do Tesouro Nacional. Os resultados primários apresentavam divergências nos dados do Fies do BC e do Tesouro. O programa de financiamento passará a integrar a categoria de gastos primários do governo. Foram incluídos R$ 7 bilhões nas despesas com o Fies em 2016. Neste ano, registrou gastos de R$ 1,4 bilhões.
O Fies estava na categoria de despesa financeira e passa para custeios primários. Com isso, o teto dos gastos públicos previstos aumentou de R$ 1,301 trilhão para R$ 1,309 trilhão. Apesar da mudança, a meta fiscal de déficit de R$ 139 bilhões não vai ser alterada.
Com a alteração, o Banco Central e o Tesouro Nacional vão se adaptar à nova categorização de despesas. A discrepância orçamentária entre os dois órgão chegou a R$ 5,218 bilhões.
A secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, afirma que a correção possibilita uma maior transparência dos gastos do governo federal. "Estamos dando um passo importantíssimo em direção à transparência das contas públicas. É mais equilibrado do ponto de vista fiscal e procura estabelecer contratos muito mais ajustados com os tomadores de empréstimos [estudantes]", declara.