Economia

Inflação oficial de agosto registra 0,35% em prévia do IBGE

Resultado surpreende e coloca o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) em patamar abaixo da mediana das expectativas do mercado. Expectativa era de que, com reajuste da alíquota de impostos sobre os combustíveis, custo de vida fosse mais alto no início de agosto

Rodolfo Costa
postado em 23/08/2017 11:14
A alta da prévia, no entanto, aponta o que o mercado já previa: um custo de vida pressionado pelo aumento dos combustíveis, que subiram, em média, 5,96%Ainda que pressionada pelo reajuste da alíquota de PIS/Cofins sobre os combustíveis, o custo de vida continua dando sinais de desaceleração. Pelo menos é o que aponta a prévia do indicador oficial de inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que subiu 0,35%. Apesar do resultado ter subido frente à variação de julho, a taxa acumulada em 12 meses atingiu o patamar de 2,68%. É a menor alta nessa base de comparação desde março de 1999.
O próprio indicador no mês veio abaixo da mediana das expectativas do mercado, de 0,40%. A surpresa veio por conta do grupo de alimentação e bebidas, que registrou deflação -- ou seja, um recuo médio de preços -- na ordem de 0,65%. Tal efeito foi provocado por reduções disseminadas de custos com alimentos, puxado, sobretudo, pela queda de despesas com feijão carioca (-13,89%), da batata inglesa (-13,06%), e do leite longa vida (-3,86%).
A alta da prévia, no entanto, aponta o que o mercado já previa: um custo de vida pressionado pelo aumento dos combustíveis, que subiram, em média, 5,96%. Somente essa subcategoria de despesas representou uma contribuição individual no IPCA-15 de 0,28 ponto percentual. A grosso modo, significa que, caso a variação dos custos com combustíveis tivesse estagnado, o índice teria registrado variação de apenas 0,07 ponto percentual.

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