Hamilton Ferrari
postado em 24/08/2017 13:57
Em julho, os juros do cartão de crédito rotativo caiu de 230,2% ao ano para 223,8% ao ano para quem paga a fatura em dia. As taxas do cheque especial também apresentaram redução no período, de 322,6% ao ano para 321,3% ao ano. Em compensação, os juros do parcelado subiram de 157,9% ao ano para 159,5% ao ano. Esta linha é utilizada para pagamento de dívidas não quitadas com o cartão de crédito.
O orçamento das famílias está mais aliviado. Houve uma queda no comprometimento da renda em junho, acumulando três meses de recuo. Caiu de 21,3% de maio para 21,1% no mês. O índice apresentou uma retração de 0,3 ponto percentual no mês e de 1,3 ponto percentual em 12 meses. O crédito às famílias permaneceu estável em 36,5% ao ano, mas as contratações aumentaram 0,4 ponto percentual, chegando a 63% ao ano.
A taxa de inadimplência, que agrupa dívidas atrasadas em 90 dias, permaneceu estável em 3,8% em julho, mas registrou alta de 0,2 ponto percentual em 12 meses.
O saldo das operações de crédito do sistema financeiro atingiu R$ 3.062 bilhões em julho, diminuindo 0,6% no mês e 1,7% em 12 meses. O custo médio de todas as operações, o Indicador de Custo do Crédito (ICC) ficou estável, mantendo em 22,2% ao ano.
Apesar disso, as taxas média de juros aumentou 0,2 ponto percentual, alcançando 29% ao ano. Fernando Rocha, chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, justificou que é resultado da oferta maior de linhas de créditos de bancos que oferecem juros maiores, apesar da estabilidade nas taxas.