Economia

Ibovespa recua 0,08% com leve correção e encerra semana com ganho de 3,43%

As notícias de um pacote de 57 privatizações, que inclui Eletrobras, Congonhas e Casa da Moeda, levaram o índice a saltar do patamar dos 68 mil pontos para o dos 71 mil pontos nos últimos dias

Agência Estado
postado em 25/08/2017 18:30
O Índice Bovespa teve nesta sexta-feira (25/8) uma sessão de leve realização de lucros, que em nada comprometeu o bom desempenho do mercado de ações no acumulado da semana. O índice terminou o dia praticamente estável, em baixa de 0,08% (71 073,65 pontos), depois de ter oscilado entre a máxima de 0,52% e a mínima de -0,47%. O otimismo com o cenário doméstico mais favorável levou o indicador a terminar a semana com ganho acumulado de 3,43%, computando 7,82% em agosto.
É consenso entre profissionais do mercado que o rali desta semana deixou o Ibovespa "esticado", o que deve favorecer novas correções no curto prazo, sem prejuízo da tendência de alta ainda apontada por diversas análises gráficas e fundamentalistas As notícias de um pacote de 57 privatizações, que inclui Eletrobras, Congonhas e Casa da Moeda, levaram o índice a saltar do patamar dos 68 mil pontos para o dos 71 mil pontos nos últimos dias.

O cenário externo também contribuiu. De acordo com operadores, o bom desempenho das bolsas norte-americanas, a alta do petróleo e principalmente o discurso do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, contribuíram para limitar as quedas do Ibovespa no pregão de hoje. Draghi concentrou sua fala no ataque a políticas protecionistas e não abordou questões de política monetária da zona do euro, possibilidade que gerava alguma cautela nos mercados de renda variável.

A leve baixa do dia foi comandada por ações do setor financeiro, que estiveram entre as ações que melhor refletiram a melhora de percepção do investidor ao longo da semana. Banco do Brasil ON teve queda de 0,37% no dia, mas encerrou a semana com alta de 5,79%. Itaú Unibanco PN perdeu 0,29% na sessão de hoje e terminou a semana com ganho de 3,03%.

Por outro lado, as ações da Petrobras acompanharam a valorização do petróleo e subiram 0,56% (ON) e 0,58% (PN). Ações de setores tidos como promissores no curto e médio prazo também seguiram em rota de alta. Foi o caso de Suzano PN (%2b3,80%) e Fibria ON ( 2,21%), beneficiadas pela expectativa positiva para o setor e papel e celulose. JBS ON subiu 5,34% e foi a maior alta do Ibovespa, depois do acordo de leniência firmado entre o Ministério Público Federal e o grupo J, homologado ontem.

"Muitos acham que a economia já saiu do fundo do poço e que boa parte da crise política já foi superada. Além disso, lá fora o ambiente continua positivo, com liquidez abundante e bolsas renovando recordes históricos", disse Leandro Martins, analista da Nova Futura corretora, para justificar a pouca disposição do investidor em ingressar em um movimento mais forte de realização de lucros.

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