O brasileiro está consumindo mais legumes, frutas e verduras, e isso, além de ser positivo para a saúde, pode representar uma vantagem para o bolso. Segundo pesquisa realizada pelo Correio, itens como tomate, batata e banana ficaram mais baratos durante a semana.
Pelo levantamento, o quilo do tomate pode ser comprado por menos de um real. Já o da batata, que na semana anterior estava nas prateleiras com valores entre R$ 1,49 e R$ 6,99, é encontrado a R$ 0,99. A banana, por sua vez, varia de R$ 2,49 a R$ 4,98.
O nutricionista Clayton Camargo destaca os benefícios de vegetais, legumes e frutas. “Como o valor nutricional desses produtos é muito alto, eles precisam ter prioridade no prato do brasileiro em relação a alimentos processados”, apontou. “Quem consome verduras e legumes nas refeições e frutas durante o dia, leva uma vida muito mais saudável do que a pessoa que prefere os enlatados, além de os itens serem mais baratos.”
Saiba Mais
Clayton Camargo afirmou que fazer substituições não é tão difícil quanto aparenta. “É possível trocar o arroz pela couve-flor, por exemplo. É só triturá-lo no liquidificador e refogá-lo como se estivesse preparando o arroz”, orientou. As mudanças valem para bebidas também. “No lugar de sucos de caixinha e de latinha, a pessoa pode prepará-los da própria fruta. É um pouco mais trabalhoso, mas o ganho em valor nutricional é muito grande”, explicou.
Ter uma vida saudável aparece como um dos grandes desafios que o brasileiro enfrenta neste período de recessão, já que os produtos sofrem variação constante de preços. É o que pensa Rinayra Freire Almeida, 34 anos, que tem buscado alimentos mais nutritivos para priorizar a saúde e o bolso. “Costumo comprar bastante verduras e legumes. No lugar da carne vermelha, sempre dou preferência às brancas”, contou a professora.
Rinayra vai ao mercado uma vez por semana e, seguindo a lista de compras, opta pelo preço em detrimento da marca do produto. “Minhas compras também não fogem do habitual. São verduras, legumes e frutas”, disse. Ela ressaltou que, por questões de saúde, raramente compra alimentos perecíveis. “A maioria das pessoas tem o hábito de não viver sem esses alimentos, eu busco sempre o equilíbrio.”
A dona de casa Débora Mireski, 39 anos, lembrou que é melhor gastar com alimentação do que com remédios. Por isso, a família mantém hábitos saudáveis. Ela costuma ir a vários mercados e à Feira Permanente do Cruzeiro para comprar frutas, legumes e verduras com menor preço e boa qualidade. Também de olho no bem-estar, trocou outros produtos na despensa da casa. “Recentemente, substituí o açúcar pelo mel, e o óleo de soja, pelo de coco. É uma atitude que está dando resultado”, comemorou.
*Estagiárias sob a supervisão de Cida Barbosa