[SAIBAMAIS]Segundo ele, as evidências sobre a recuperação e o seu ritmo estão ficando mais claras ao longo dos últimos meses, com os sinais recentes.
Entre os sinais, ele citou o crescimento de 1% da economia brasileira no primeiro trimestre deste ano, em relação aos três meses anteriores. "É uma taxa de crescimento forte, refletindo o desempenho muito bom da atividade agropecuária", disse Viana. "Indústria e serviços também mostraram sinais de recuperação. O setor externo tem contribuído para essa retomada, com o crescimento das exportações, de 4,8%, superando o crescimento das importações, de 1,8%."
Outro sinal citado por ele são os dados do segundo trimestre, que "mostraram recuperação gradual". "A população ocupada cresceu 0,6% no segundo trimestre e houve criação líquida de postos de trabalho no mercado formal no primeiro semestre", disse. "Em julho, houve a criação de 36 mil vagas, o quarto mês consecutivo com resultado positivo."
Viana pontuou ainda que "a produção industrial tem oscilado entre dados positivos e negativos, mas cresceu 1,2% no semestre e teve dois trimestres consecutivos de crescimento, o que não ocorria desde 2014".
Segundo o diretor do BC, "os dados de alta frequência mostram recuperação gradual de indicadores, como os de vendas do varejo, onde o crescimento mensal em junho foi de 1,2%, na definição estrita de varejo, e de 2,5%, na definição ampliada". "É importante observar os dados de atividade nos próximos meses para verificar se esse cenário de recuperação irá se consolidar", acrescentou.
Cenário externo
O diretor afirmou que "o cenário internacional benigno tem contribuído para um ambiente mais sereno nos mercados de ativos brasileiros". Esta avaliação de Viana repete ideia contida em comunicações mais recentes do Banco Central, inclusive do presidente da instituição, Ilan Goldfajn.
De acordo com Viana, "o cenário externo tem se mostrado favorável, na medida em que a atividade econômica global tem se recuperado gradualmente sem pressionar as condições financeiras nas economias avançadas".
Para o diretor, "o arrefecimento de possíveis mudanças de política econômica em alguns países centrais também contribui para a redução das incertezas". "Esse ambiente tem colaborado para a manutenção do apetite ao risco por ativos de economias emergentes."