Economia

China pede maior integração econômica entre os países do Brics

No discurso de abertura da 9ª Cúpula dos BRICS em Xiamen, Xi disse que os cinco parceiros devem trabalhar para aprofundar sua cooperação e lançar uma segunda "década de ouro" de crescimento

Agência Estado
postado em 04/09/2017 08:35
Com 40% da população e 25% do território do planeta, os cinco países eram vistos como a grande promessa da economia mundial no começo da década passadaDos US$ 197 bilhões de investimentos externos realizados pelos Brics em 2016, apenas 5,7% foram destinados a negócios nos países do bloco, disse nesta segunda-feira o presidente da China, Xi Jinping. Para ele, a estatística revela que há um grande espaço para ampliar a integração econômica entre Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul.

No discurso de abertura da 9; Cúpula dos BRICS em Xiamen, Xi disse que os cinco parceiros devem trabalhar para aprofundar sua cooperação e lançar uma segunda "década de ouro" de crescimento. O presidente chinês defendeu que os cinco países explorem as complementaridades de suas estratégias de desenvolvimento e adotem medidas pragmáticas, que produzam resultados econômicos tangíveis.

Com 40% da população e 25% do território do planeta, os cinco países eram vistos como a grande promessa da economia mundial no começo da década passada, quando eram impulsionados pela alta no preço das commodities e o sucesso da integração da China e da Índia a cadeias produtivas globais.

Mas a queda nos preços de minérios e petróleo atingiu em cheio as performances do Brasil, Rússia e África do Sul. China e Índia mantiveram elevados índices de crescimento e aumentaram seu peso relativo dentro do grupo. Hoje, a economia chinesa é maior que a soma das de seus quatro parceiros. "Nós ainda precisamos explorar todo o potencial da cooperação dos Brics."

No discurso de abertura da cúpula, Xi anunciou que a China destinará o equivalente a R$ 240 milhões a um fundo para troca de experiências e facilitação de comércio e investimentos entre os países do bloco. Pequim também destinará US$ 4 milhões ao banco dos BRICS.

Os valores são ínfimos quando comparados aos US$ 124 bilhões que a China prometeu destinar à iniciativa "Um Cinturão, Uma Rota", durante evento sobre o assunto em maio.





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