Jornal Correio Braziliense

Economia

Horário de verão pode ser extinto; governo decidirá nas próximas semanas

Decisão foi baseada em um estudo produzido pelo Ministério de Minas e Energia, que mostrou que o horário de verão não reduz gastos com consumo de energia


O documento, produzido pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para o MME, constatou que a hora adiantada não tem relação direta entre a redução de gastos e o consumo de energia elétrica e sua produção.

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Segundo o relatório, a manutenção do horário de verão é considerada uma "questão cultural". "Em termos integralizados (diurno e noturno), o horário de verão não atendeu ao que se propôs - ou seja, não há relação direta com redução de consumo e demanda", mostrou mosrouo estudo.

A popularização dos aparelhos de ar condicionado é uma das principais razões dessa mudança. No relatório, técnicos do MME apontaram que a temperatura é o que mais influencia nos hábitos do consumidor, e não a incidência da luz durante o dia.

Como o calor é mais intenso no fim da manhã e no início da tarde, os picos de consumo são registrados atualmente nesses períodos. De acordo com dados do ONS, o horário de ponta ocorre, atualmente, entre 14h e 15h, e não mais entre 17h e 20h, período em que os trabalhadores retornavam para casa e tomavam banho.

Para dar mais folga e segurança ao sistema, adiantar os relógios em uma hora permite, por exemplo, adiar o acionamento da iluminação pública nas ruas - o que adia parte da demanda e reduz a concentração do uso de energia, diminuindo custos do sistema elétrico.

Apesar do novo estudo, no ano passado, ainda segundo dados do MME, o horário de verão durou 126 dias e gerou uma economia de R$ 159,5 milhões ao sistema, ao reduzir o acionamento de usinas termoelétricas. O custo é considerado irrelevante para o setor. A primeira vez que o Brasil adotou o horário de verão foi em 1931. Desde 1985, ele é aplicado todos os anos.
Com informações da Agência Estado.