[SAIBAMAIS]De acordo com um profissional do mercado, a notícia envolvendo Temer gerou cautela principalmente entre os investidores estrangeiros. Para o diretor de câmbio da Abrão Filho, Fernando Oliveira, "a notícia pesa no mercado no sentido que atrasa as reformas estruturais e desgasta politicamente o governo, o que dificulta ainda mais a chance de aprovação da reforma da Previdência".
Em nota, o Planalto rebateu a acusação do doleiro Funaro, conhecido como operador do PMDB da Câmara, dizendo que ele "mais uma vez desinforma as autoridades do Ministério Público Federal", acrescentando que "Funaro continua espalhando mentiras e inverdades de forma contumaz".
O dólar já vinha em alta desde mais cedo em meio à cautela geopolítica. Hoje, o presidente americano, Donald Trump, anunciou novas medidas contra a Coreia do Norte ao assinar um decreto que autoriza o Departamento do Tesouro dos EUA impor uma gama de sanções, como suspender o acesso à conta correspondente nos EUA de qualquer banco estrangeiro que realize ou facilite transações ligadas ao comércio com Pyongyang.
Diante disso, o dólar subiu ante a maioria das moedas emergentes em uma busca maior por segurança. O índice do Dólar - que mensura a divisa dos EUA ante outras moedas fortes - também sinalizou busca por proteção. No entanto, o comportamento do dólar ante o iene - que é considerado um porto seguro - foi positivo. De acordo com profissionais do mercado, este destaque refletiu ainda a percepção do mercado de que os juros nos EUA podem realmente subir em dezembro, como sugeriu o Fed ontem.
No mercado à vista, o dólar fechou em alta de 0,38%, aos R$ 3,1423. O giro financeiro somou US$ 1,54 bilhão. Na mínima, a moeda ficou em R$ 3,1257 (-0,15%) e, na máxima, aos R$ 3,1471 (%2b0,53%).
No mercado futuro, o dólar para outubro subiu 0,16%, aos R$ 3,1420. Durante o pregão, a divisa oscilou de R$ 3,1420 ( 0,15%) a R$ 3,1510 ( 0,44%).