Rosana Hessel
postado em 10/10/2017 10:02
O Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou a previsão de crescimento do Brasil em 2017 e em 2018. Conforme o estudo Panorama Econômico Global divulgado nesta terça-feira (10/10), o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro terá expansão de 0,7% neste ano, taxa 0,4 ponto percentual acima da última projeção, de 0,3%, feita em julho. O Fundo elevou em 0,2 ponto percentual a estimativa para o ano que vem na mesma base de comparação, passando de alta de 1,3% para 1,5%.
A previsão do Fundo para o Brasil neste ano fica em linha com a mediana das estimativas do mercado, mas o país permanece com taxas de crescimento menores do que a média mundial, que teve suas taxas ampliadas pelo FMI.
De acordo com as novas estimativas da organização multilateral, o mundo crescerá 3,6%, em 2017, e 3,7%, em 2018. As projeções anteriores eram de 3,5% e de 3,6%, respectivamente. O país também terá expansão inferior à média da América Latina, de 1,2%, neste ano, e de 1,9%, no ano que vem.
O FMI acredita que o mundo vai conseguir avançar acima de 3,8% a partir de 2018 até 2021. ;A melhora da atividade global é inteiramente impulsionada pelas economias em desenvolvimento. Nesses países, o crescimento deverá aumentar para 5% no fim do período de previsão, com impacto impulsionado pelo aumento do peso econômico mundial;, informou o relatório citando Índia e China como os principais motores desse desempenho do mundo emergente.
A China crescerá 6,8%, neste ano, e 6,5%, em 2018. Já a Índia, 6,7% e 7,4%, respectivamente. Entre os países do Brics, grupo das economias emergentes integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o PIB brasileiro só não crescerá menos que África do Sul neste ano. A previsão do FMI para o Brasil em 2018, ainda terá uma expansão melhor do que o país africano, que deverá registrar alta de apenas 1,1%.
Novas previsões
Taxa de crescimento econômico ; em%
2017 2018
Brasil 0,7 1,5
Rússia 1,8 1,6
Índia 6,7 7,4
China 6,8 6,5
África do Sul 0,7 1,1
Mundo 3,6 3,7
América Latina 1,2 1,9
Fonte: FMI