Rodolfo Costa
postado em 17/10/2017 09:51
O setor de serviços está reagindo. Mas ainda de maneira muito lenta e gradual. No acumulado em 12 meses encerrados em agosto, a atividade recuou 4,5%. Por mais que a queda seja expressiva, é a menor retração desde março de 2016. Na comparação entre agosto de 2017 com igual período do ano passado, o volume caiu 2,4%, dando sinais de desaceleração nessa base comparativa. É o que apontam os resultados mais recentes da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta terça-feira (17/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
[SAIBAMAIS]Com o desempenho, o volume de serviços acumulado no ano, ou seja, entre janeiro e agosto, atingiu uma queda de 2,4%. No mesmo período do ano passado, o recuo estava em 3,9%. O resultado no mês só não mostrou uma reação melhor devido ao enfraquecimento da atividade na margem. Na comparação entre agosto e julho, o setor caiu 1%, pela segunda vez consecutiva nessa base comparativa.
A queda em agosto foi puxada por um intenso recuo dos serviços prestados às famílias. Na comparação com julho, o setor caiu 4,8%. Foi não somente a primeira queda após quatro meses de alta, como também foi a maior retração nessa base comparativa desde maio de 2016. Em relação ao mesmo período do ano passado, o movimento foi semelhante, registrando queda de 4,4%, após três altas consecutivas.
Para especialistas, o lento desempenho dos serviços mostra que a atividade deve ser a última entre os setores produtivos a se recuperar. Como muitos serviços são demandados por empresas entre empresas, será necessário uma recuperação mais robusta da indústria, do comércio, e dos próprios prestadores de serviços, para puxar a melhora no setor.