Economia

Vitória de Temer na CCJ reduz risco político e juros fecham em baixa

Na leitura do mercado, a rejeição da denúncia na CCJ, por 39 a 26 votos, reforça a perspectiva de rejeição também no plenário da Câmara, que deverá votar a matéria no próximo dia 25

Agência Estado
postado em 19/10/2017 16:36
Os juros futuros encerraram a sessão regular desta quinta-feira (19/10), em queda, que foi mais firme nos vencimentos longos. A trajetória de baixa foi consolidada no período da tarde. Pela manhã, as taxas oscilavam perto dos ajustes e com algum viés de alta perto do horário do leilão de títulos prefixados do Tesouro a partir das 11h30.

Passada a operação, houve espaço para uma reação mais nítida à vitória do governo, na quarta, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, que aprovou o parecer do deputado Bonifácio Andrada (PSDB-MG) que pedia a rejeição da denúncia contra o presidente Michel Temer apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 encerrou em 7,23%, de 7,26% no ajuste de quarta. A taxa do DI para janeiro de 2020 caiu de 8,20% para 8,16% e a do DI para janeiro de 2021, de 8,91% para 8,83%. A do DI janeiro de 2023 encerrou em 9,51%, de 9,60%.

Na leitura do mercado, a rejeição da denúncia na CCJ, por 39 a 26 votos, reforça a perspectiva de rejeição também no plenário da Câmara, que deverá votar a matéria no próximo dia 25. "Isso reduz o risco de saída do presidente Temer, consequentemente, amplia a expectativa de retomada da discussão da reforma da Previdência", resumiu um gestor de renda fixa.

Outro fator positivo citado pelos analistas foi o resultado da arrecadação pouco melhor do que a mediana das estimativas. A arrecadação somou R$ 105,595 bilhões em setembro, um aumento real (já descontada a inflação) de 8,66% na comparação com o mesmo mês de 2016. A mediana das previsões era de R$ 103,5 bilhões.

As taxas futuras fecharam em baixa mesmo diante da pressão no câmbio e do exterior avesso ao risco, entre eles aquele relacionado a efeitos da provável retirada da autonomia da Catalunha pelo governo espanhol.

Às 16h34, o dólar mostrava leve avanço em relação a moedas de economias emergentes, incluindo o real. A moeda no segmento à vista subia 0,24%, aos R$ 3,1750.

Com a sessão regular já encerrada, o Ministério do Trabalho informou que o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostrou geração líquida de 34.392 vagas em setembro. O resultado ficou perto do piso das previsões coletadas pelo Projeções Broadcast, que iam de geração de 31.904 a 95.000 vagas, com mediana de 57.500 postos.

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