Economia

Juros do rotativo regular do cartão de crédito sobem, diz Banco Central

As taxas do cheque especial apresentaram alta no período, saindo de 317,3% ao ano para 321,3% ao ano. Os dados foram divulgados na manhã desta sexta (27/10) pelo Banco Central

Hamilton Ferrari
postado em 27/10/2017 11:30
Juros do rotativo regular do cartão de crédito sobem, diz Banco Central
No quadro geral, os juros do rotativo cartão de crédito para os consumidores caíram 65,1 ponto percentual de agosto para setembro e chegou a 332,4% ao ano, frente aos 397,5% ao ano anteriores. As taxas do cheque especial apresentaram alta no período, saindo de 317,3% ao ano para 321,3% ao ano. Os dados foram divulgados na manhã desta sexta (27/10) pelo Banco Central.

O rotativo do cartão de crédito é dividido em duas modalidades: regular, que são aqueles que pagaram o valor mínimo da fatura, e o não regular, que não fizeram este pagamento. Segundo o relatório de operações de crédito do Banco Central, os juros ofertados ao não regular foi o que mais caiu de agosto a setembro, passando de 506,2% ao ano para 399,4% ao ano.

Apesar disso, do lado dos regulares, as taxas aumentaram. Subiram de 221,4% ao ano em agosto para 227,5% ao ano no ano passado, uma alta de 6,1 ponto percentual.

Mudanças no rotativo

A melhora no quadro geral dos juros do cartão de crédito está relacionado com a mudança nas regras do rotativo, que obrigam os consumidores a quitar ou parcelar a dívida um mês depois de não pagar a fatura completa do cartão. A mudança ocorreu em abril.

Desde o início do ano o recuo é de 120,3% ao ano para o não regular e de 238,1% ao ano para o regular. No quadro geral do rotativo -- que engloba as duas modalidades --, a retração foi de 165,3% ao ano.

Em contrapartida, os juros do parcelado -- modalidade de crédito alternativa do rotativo -- subiu 4,2 ponto percentual de agosto para setembro, alcançando 165,2% ao ano. No acumulado de janeiro a setembro, a alta registrada é de 11,4% ao ano.

O cheque especial aumentou em setembro para 321,3% ao ano, mas apresentou recuo em todas os outros comparativos. Recuou 7,3 pontos percentual durante o ano e 1,3 ponto percentual no último trimestre.

Inadimplência

A taxa de inadimplência nas operações de financiamento caiu 0,1 ponto percentual no mês de setembro, chegando a 3,6. Segundo o relatório do Banco Central, o índice de comprometimento da renda das famílias se manteve estável em 18,2%. Ao longo do ano, porém, houve uma melhora no orçamento familiar. Houve uma queda de 0,8 ponto percentual no comprometimento.

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