Agência Estado
postado em 27/10/2017 17:50
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta sexta-feira (27/10), que a crise econômica no Brasil já foi superada, embora ainda restem efeitos sobre a população, como o número ainda elevado de desempregados. "Problema agora é persistir e não voltar atrás. Temos que continuar criando empregos. Não pode é voltar atrás, tem que seguir em frente na direção em que estamos", afirmou.
O ministro participou de almoço com o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, na residência oficial em Vila Velha, na Grande Vitória. Em entrevista a jornalistas, ele buscou destacar pontos positivos da economia, como a queda da inflação e dos juros, e fez um chamado aos empresários.
"Faço uma convocação à classe empresarial brasileira para investir no País", disse, assegurando que há já um ambiente de tranquilidade para aplicar recursos. "A taxa de juros vai atingir o nível mais baixo em 60 anos", acrescentou. A Selic, hoje em 7,5% ao ano, deve ser reduzida a 7% ao ano, segundo projeção de analistas.
Segundo o ministro, o País está superando a maior recessão de sua história, mas não se pode subestimar os efeitos da crise que ainda permanecem, principalmente no mercado de trabalho. Ele ressaltou, no entanto, que o governo tem envidado esforços para deixar a recessão para trás.
Meirelles destacou ainda que as vendas do varejo já estão crescendo e possivelmente o Natal de 2017 será "o melhor em muitos anos". "É o momento simbólico de percepção da população, todos vão para rua, ou para passear, comprar, rezar, ir na igreja, onde for. É um momento simbólico em que todos param para sentir um pouco para sentir o que está acontecendo com sua família, seus amigos e com o país, e nesse momento acho que vai ficar claro isso (recuperação)", disse.
Espírito Santo
O ministro disse também que o governo federal está empenhado em ajudar na recuperação do Espírito Santo. Ao lado de Hartung, Meirelles informou ter conversado sobre a situação da mineradora Samarco, paralisada desde o desastre ocorrido em Mariana (MG), quando uma barragem se rompeu e despejou resíduos sólidos por quilômetros de distância.
A empresa até hoje não voltou a operar e depende de licença ambiental. A questão preocupa porque a Samarco responde, sozinha, por 5% do PIB capixaba, segundo estimativa do governo.
"Vamos procurar ajudar o Espírito Santo na questão da retomada da Samarco", disse Meirelles. "Agora é ajudar a trabalhar com os órgãos de licenciamento ambiental, dando auxilio técnico para que licença possa sair o quanto antes possível. É importante que se retome a atividade justamente por conta da importância da empresa na economia do Estado", explicou.