postado em 28/10/2017 08:00
O crescimento da economia americana permaneceu em ritmo sustentável no terceiro trimestre de 2017, apesar do impacto dos furacões, de acordo com a primeira estimativa divulgada pelo Departamento do Comércio dos Estados Unidos. Entre julho e setembro, a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA foi de 3%, em ritmo anual e segundo os dados corrigidos pelas variações sazonais. No segundo trimestre, o crescimento alcançou 3,1%.O dado está muito acima das previsões dos analistas, que apostavam em um crescimento de 2,4% em consequência do impacto dos furacões Harvey e Irma. O presidente republicano Donald Trump, que assumiu em 20 de janeiro, atribui a si mesmo o êxito, apesar de boa parte da agenda econômica continuar pendente. Os dados também são úteis para os líderes republicanos que tentam cortar impostos, garantindo que o crescimento vai compensar a arrecadação mais baixa.
A rápida expansão em ritmo anual, que manteve os 3,1% do trimestre anterior, também pode ser decisiva para o Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) elevar as taxas de juros, mesmo com a baixa inflação. Apesar de este dado ser uma estimativa preliminar, a taxa foi maior que os 2,4% antecipados por analistas, devido aos furacões que prejudicaram a produção petroleira, desaceleraram negócios no Texas, provocaram deslocamentos maciços na Flórida e arrasaram Porto Rico. ;Em geral, é um desempenho sólido, apesar dos transtornos dos furacões Harvey e Irma;, disse Ian Shepherdson, da consultoria Pantheon Macroeconomics. Ele acrescenta que os ciclones ;estimularam as vendas de automóveis e os gastos em alimentos e outros itens relacionados às tormentas, mas reduziram a atividade imobiliária e o gasto em serviços de lazer;.