Agência Estado
postado em 31/10/2017 13:43
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta terça-feira (31/10), em Brasília, que a economia brasileira passa por um forte processo de reversão da situação desfavorável em que se encontrava em maio do ano passado, mês em que se iniciou o atual governo de Michel Temer. "Em maio do ano passado, no início do governo, o Brasil estava com um grave desequilíbrio", disse ministro, para quem a situação já mudou.
Em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que debate a situação da economia brasileira, Meirelles citou as projeções dos analistas do mercado para os indicadores macroeconômicos para ilustrar as suas afirmações aos senadores. "A Selic atual é de 7,50% e é esperado pelo mercado que ela se mantenha em um dígito até 2020", disse, lembrando que a taxa de Risco País, medida pelo Credit Default Swap (CDES) de cinco anos, de 25 de outubro, está em 173 pontos. Há um ano, disse Meirelles, o risco Pais estava em 328 pontos.
A inflação, segundo Meirelles deverá ficar em torno de 3% neste ano e o Produto Interno Bruto (PIB), em 2018, deverá crescer acima de 2,5%. "Estamos com trajetória de inflação baixa, juro baixo e retomada do crescimento, destacou Meirelles.
Também, de acordo com Meirelles, o País vive um momento de conforto do seu Balanço de Pagamentos. "É um momento de reversão grande da economia do País", disse.
PIB
O ministro da Fazenda afirmou que as reformas econômicas que já foram promovidas pelo governo já mostram resultados. Ele disse na CAE que o governo mantém uma expectativa em relação ao crescimento do PIB em 2018 mais conservadora do que o previsto pelo mercado.
[SAIBAMAIS]"Conservadoramente ainda estamos com previsão do PIB menor do que do mercado", disse Meirelles, ressaltando que os economistas com maior margem de acertos estão trabalhando com uma expansão do PIB no ano que vem acima de 2,5%.
O ministro falou ainda para os senadores que o desempenho comercial do País e os investimentos estrangeiros continuam fortes. Sobre o ajuste fiscal, o ministro da Fazenda explicou que a estratégia do ajuste contempla corte gradual de despesas sem que haja aumento da carga tributária.
Meirelles disse também que as mudanças na tributação de fundos exclusivos e a reoneração da folha de pagamento são ajustes para dar isonomia ao mercado.