Economia

Vendas em alta começam a tirar o setor de supermercados da crise

Para especialistas, tendência é que os produtos fiquem mais baratos ou, pelo menos, com valores estáveis até o fim do ano

Andressa Paulino*
postado em 04/11/2017 08:00
Clara Menezes reclama que o valor dos itens ainda varia muito

Os supermercados começam a se recuperar do período recessivo, com crescimento nas vendas. De acordo com especialistas, o setor tem tudo para fechar o ano no azul e começar 2018 com o pé direito. Para o consumidor, a boa notícia é que a tendência é de os produtos ficarem mais baratos ou, pelo menos, com preços estáveis até o fim do ano.

;O que podemos perceber é que vamos começar a ter uma recuperação nas vendas;, disse o economista Fábio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio (CNC). ;O setor é o mais importante do varejo, responsável por cerca de 30% das vendas. É muito significativo também para a geração de empregos e para ramos como o imobiliário, entre outros. Então, tem um reflexo muito forte na economia do país;, destacou.

De acordo com Bentes, no entanto, o reflexo nos preços não virá de forma imediata. ;Provavelmente, nos próximos meses, os produtos registrarão leve aumento, mas a tendência é que a longo prazo os preços dos alimentos nos mercados tenham queda;, comentou. ;Isso é positivo para que a inflação fique em torno dos 4%, ou seja, estável;, considerou o economista.

[SAIBAMAIS]Quem vai ao supermercado nota que os preços ainda variam muito. ;Existem promoções de alguns produtos. Percebi, por exemplo, que as frutas estão mais baratas. Já outros itens extrapolam o orçamento do brasileiro;, reclamou a design de interiores Clara Menezes, 43 anos. ;Dá para perceber o efeito da inflação no valor dos produtos;, comentou.

Fábio Bentes, da CNC, afirmou que vários fatores interferem no valor dos produtos. ;A formação de preços envolve questões como safra, clima e taxa de câmbio, entre outros;, explicou. ;Para começar 2018 com uma boa perspectiva, é importante que o setor saiba adotar algumas estratégias, como aproveitar o dólar mais barato, negociar com fornecedores e adaptar os produtos das gôndolas ao bolso do consumidor;, explicou.

Os consumidores, por sua vez, procuram alternativas para fazer as compras caberem no orçamento. ;Eu pesquiso bastante, venho ao mercado toda semana. Além disso, costumo fazer compras no atacado, assim consigo uma economia de até 40% em alguns produtos;, comentou Clara Menezes.


* Estagiária sob supervisão de Odail Figueiredo

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