postado em 07/11/2017 14:37
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse hoje (7/11), em São Paulo, que a reforma da Previdência não é mais uma opção. ;A reforma não é uma questão de escolha, ela terá que ser feita em algum momento, é uma questão fiscal, numérica;. Ele comentou declaração dada ontem (6/11) pelo presidente Michel Temer, em Brasília, sobre as dificuldades para a aprovação da reforma da Previdência.
;O presidente reconheceu as dificuldades, é um processo controverso em qualquer lugar do mundo, não há dúvida. O presidente reconheceu esse fato para as lideranças partidárias que ali estavam expressando as suas preocupações;, afirmou.
Ele destacou que não vai recuar por conta das dificuldades apresentadas, embora acredite que a idade [para a aposentadoria] não é questão principal. ;Do meu ponto de vista, os brasileiros poderiam se aposentar aos 45 anos de idade, não teria problema nenhum, desde que o país pudesse pagar por isso;, afirmou.
Para o ministro, a questão é que o crescimento das despesas previdenciárias no Brasil não é sustentável. ;Não é um problema de qual é a idade que se quer que as pessoas se aposentem; quanto mais cedo as pessoas tiverem direito, melhor, desde que seja financiável a Previdência Social pela sociedade brasileira;.
O ministro participou, em São Paulo, do Congresso ;Perspectivas Econômicas e Políticas no Brasil; organizado pela Turnaround Management Association do Brasil (TMA), associação de advogados especializados em recuperação judicial de empresas.
Meirelles apresentou o projeto de lei de recuperação judicial. Segundo a proposta, as medidas vão beneficiar a recuperação de micro e pequenas empresas. ;É uma nova lei que cria um arcabouço, um novo sistema para a recuperação judicial no país em linha com o que prevalece hoje no mundo inteiro;, ressaltou.
Para ele, a nova lei de falências representa uma modernização da legislação atual. ;É um processo que visa em última análise fazer com que a situação seja resolvida, a empresa saia mais rapidamente da recuperação judicial, e trabalhadores, credores e acionistas tenham a situação resolvida o mais rápido possível;.
O ministro disse que o projeto será enviado ao Congresso Nacional na próxima semana. Segundo ele, o objetivo é ajudar na retomada da economia e da geração de renda no país.