Economia

Dia Nacional de Paralisação mobiliza trabalhadores em nove estados e no DF

Convocado por servidores públicos e centrais sindicais, o movimento levou ao fechamento de vias e provocou engarrafamentos. Manifestantes protestam contra a reforma trabalhista

Gabriela Sant'Anna - Especial para o Correio
postado em 10/11/2017 11:56
Caminhada na Avenida Duque de Caxias, em Fortaleza
O Dia Nacional de Paralisação, organizado por servidores públicos e centrais sindicais, mobiliza trabalhadores em protestos por todo o país. De acordo com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), durante a manhã desta sexta-feira (10/11), atos ocorriam em nove estados e no Distrito Federal.

Em alguns locais, vias foram fechadas, interrompendo o trânsito em importantes vias das cidades. No Rio de Janeiro, manifestantes atearam fogo em um veículo na ponte Rio-Niterói no início da manhã. O serviço de emergência da concessionária responsável pela manutenção da ponte conseguiu controlar o fogo e retirar o carro da pista, mas, ainda assim, um congestionamento de cerca de 10km foi formado.

[SAIBAMAIS]A CUT informou que não participa desse tipo de ação, considera equivocada essa ;radicalização; e reafirma o caráter pacífico de suas manifestações. "Provocar um incêndio sobre essa ponte é uma ação totalmente inadequada, pelos riscos à segurança das pessoas e pela possibilidade de afetar um patrimônio público essencial para o cotidiano das duas principais cidades do estado do Rio de Janeiro".

Em Fortaleza, a CUT já contabiliza 10 mil pessoas na caminhada que acontece na Avenida Duque de Caxias, uma das principais vias do centro da capital. Parte do comércio local fechou as portas. As passeatas também acontecem em São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Macapá, Pará, Maranhão.

Reivindicações


O Dia Nacional de Paralisação começa às 8h e termina no fim da noite, em todo o país. A data de protestos contra o pacote de medidas do governo, em conjunto com as centrais sindicais, é o pontapé inicial para diversas outras atividades do funcionalismo público (estadual, municipal e federal), em repúdio às propostas do governo e do Congresso, que preveem postergação do reajuste salarial de 2018 para 2019, elevação da alíquota previdenciária de 11% para 14%, além da reestruturação das carreiras, com salário inicial máximo de R$ 5,1 mil, Programa de Desligamento Voluntário (PDV), redução da jornada de trabalho e licença incentivada, e projeto de demissão de concursados por desempenho ineficiente.

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