As contas do governo central, que inclui Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, encerraram outubro com superavit primário de R$ 5,2bilhões. É o primeiro saldo positivo desde abril, quando chegou a R$ 12,373 bilhões, conforme dados divulgados nesta terça-feira (28/11) pelo Tesouro.
A receita líquida teve queda real (descontada a inflação) de 23,9% no mês passado em comparação com o mesmo período de 2016, para R$ 103,2 bilhões. Enquanto isso, as despesas totais cresceram 4,7% na mesma base de comparação, para R$ 98 bilhões.
No acumulado do ano, o resultado primário do governo central ficou negativo em R$ 103,2 bilhões, quase valor 71% superior ao deficit de R$ 60,3 bilhões registrado entre janeiro e outubro de 2016, em termos nominais. Apenas o rombo da Previdência somou R$ 155,2 bilhões. Já o Tesouro registrou superavit de R$ 51,9 bilhões entre janeiro e outubro deste ano.
No acumulado em 12 meses, o rombo das contas do governo federal ficou em R$ 207,3 bilhões, valor bastante acima da meta fiscal prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que foi ampliada para um deficit de R$ 159 bilhões. E, mesmo e, mesmo desconsiderando a antecipação de precatórios, o resultado ainda estoura a meta, pois fica negativo em R$ 188,8 bilhões.
De acordo com o Tesouro, essa piora no resultado acumulado até outubro "deverá ser revertida" nos meses de novembro e de dezembro, devido a receitas extraordinárias com concessões.