Economia

Austin: Desempenho fraco do PIB deixa Brasil na Z4 da economia global

Crescimento de 1,4% na comparação anual do terceiro trimestre só não foi menor que Dinamarca e Suíça em ranking de 47 países

Rosana Hessel
postado em 01/12/2017 13:30
Ranking do PIB dos países no 3º tri em relação a 2016
A alta de 1,4% no Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre em comparação com o mesmo período de 2016 que foi divulgada nesta segunda-feira (02/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou abaixo das estimativas do mercado e manteve o país na lanterna do crescimento mundial.

Em uma analogia com o futebol que lista os quatro últimos colocados na zona de rebaixamento, o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini,afirmou que o país ficou na ;Z4 da economia global; entre os países que já divulgaram seus respectivos dados macroeconômicos até o momento, ocupando a antepenúltima colocação.

O Brasil ficou à frente apenas de Dinamarca e Suíça, que registraram expansão de 1,3% e 1,2%, respectivamente. Em primeiro lugar da lista ficou a Romênia, com crescimento de 8,8% no PIB do terceiro trimestre, seguida por Filipinas (6,9%) e China (6,8).

[SAIBAMAIS]Os dados levantados pela Austin contemplam 47 países, que representam 85,5% do PIB global (US$ 67,8 trilhões). ;Mais uma vez, o Brasil foi superado pelas economias como Ucrânia e Rússia, que, nas edições de 2016, estavam com desempenhos piores;, afirmou Agostini. ;Outras economias que apresentaram resultados muito ruins nas edições anteriores, como a Venezuela, até o momento não divulgaram seus resultados;, acrescentou.

Agostini esperava alta de 1,8% no trimestre nessa base de comparação anual e prevê expansão de 1% no acumulado do ano. No entanto, ele demonstra preocupação com o ritmo de recuperação da economia nos próximos anos. ;Com três quartos do PIB já contabilizado, o cenário político ainda muito turbulento deve interferir pouco no resultado do PIB de 2017, que reafirmamos projeção de 1,0%. No entanto, em virtude do ano eleitoral e indefinição sobre a reforma da previdência, fatores que podem gerar revés nas expectativas e confiança dos agentes econômicos, nossa previsão para o desempenho do PIB de 2018 de 2,2% segue com razoável risco de não concretização;, disse.

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