Economia

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Bruno Santa Rita*
postado em 14/12/2017 19:18
A projeção para o crescimento econômico do Brasil para 2018 está mais próxima de alcançar a média do crescimento da América Latina e Caribe do que no ano de 2017. Segundo o Balanço Preliminar das Economias da América Latina e do Caribe 2017, divulgado pela comissão econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), a expectativa de crescimento para o Produto interno Bruto (PIB) do Brasil em 2018 é de 2%, apenas 0,2 pontos percentuais abaixo da média da América latina (2,2%). No ano de 2017, a diferença era de 0,4 pontos percentuais, sendo que o Brasil teve 0,9% de aumento enquanto a América latina teve 1,3%.

Esse crescimento se dá devido ao aumento do dinamismo das economias da América do Sul, que deve continuar em crescimento no próximo ano (estimativa de 2% contra 0,8% registrado em 2017). Na América Central o crescimento será de 3,6% e, para o Caribe de língua inglesa ou holandesa, estima-se um crescimento médio de 1,5%.
Segundo a secretária-executiva da CEPAL, Alicia Bárcena, a expectativa para o crescimento no contexto internacional é boa, porém tímida. Isso acontece devido a fatores que atrapalham o crescimento como aumento de tensões geopolíticas, retorno do protecionismo, baixa na produtividade e investimentos globais, dentre outros. ;O comércio mundial cresce, mas se mantém em nível baixo;, defendeu.

Outro fator apontado por Alicia foi o crescimento negativo ocorrido em 2016. Segundo ela, a recuperação dessa crise ainda influencia nos resultados apontados pelo balanço. ;2016 foi um ano difícil, tivemos crescimento negativo e não estamos tendo uma grande recuperação;, explica. Ela acrescenta que, mesmo o crescimento sendo pequeno, ele acontece em sincronia entre várias nações com média mundial de 3% contra 2,9% referente à 2017 e 2,4 em 2016.

Ela lembra que o Brasil é um dos países que mais impulsiona o crescimento da América do Sul e que é importante fortalecer alianças internacionais. Além disso, ela afirmou que é necessário pensar-se em novas políticas públicas ativas, em especial, no âmbito fiscal. ;Precisamos dar importância para acordo internacionais fortes;, complementou.

Adiamento da Reforma da Previdência


Segundo o diretor do escritório da CEPAL no Brasil, Carlos Mussi, o tema da previdência não ambiciona resultados de curto prazo. Para ele, o que impacta na economia do Brasil e, consequentemente, nas relações econômicas da América Latina é o fato da incerteza da aprovação. ;Isso pode gerar estagnação de investimentos;, lamenta.

Sobre a taxa Selic, que atingiu o valor histórico de 7%, Mussi afirma que a tendência é que as taxas reais caiam na mesma proporção que a taxa Selic. Além disso, ele explica que com os juros menores, surgem importantes impactos nas contas públicas. Isso, segundo ele, gera uma menor rentabilidade dos títulos públicos, o que faria os agentes econômicos pensarem em novas formas de investimento.

;É sempre bom lembrar que o Brasil corresponde a mais ou menos 40% da região;. Segundo Mussi, o fato de o Brasil representar uma grande parte da área da América do Sul, faz com que seu crescimento econômico seja fundamental para o todo. ;O crescimento econômico do Brasil é, especialmente importante, para os países do mercosul. Mas, a expansão do Brasil é sempre muito bem vinda;, acrescenta.

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