Economia

Temer diz não ter votos necessários, mas garante votação da Previdência

Para o peemedebista, a postergação é até oportuna para assegurar a quantidade de votos em 2018

Rodolfo Costa
postado em 15/12/2017 17:30

O adiamento da reforma da Previdência para fevereiro de 2018 não é um problema para o governo federal. É o que garante o presidente da República, Michel Temer. Em discurso de posse do novo ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, ele admitiu que faltam votos para garantir a aprovação, e, por esse motivo, deixou clara a vontade de não querer ;constranger; deputados e senadores.

;Faltam alguns votos. Não queremos constranger os deputados e senadores. Se não tivermos os 308 votos, não vamos constranger nenhum dos deputados;, disse Temer. Para o peemedebista, a postergação é até oportuna para assegurar a quantidade de votos. ;Nossos parlamentares irão para suas bases em janeiro e verificarão que não há oposição feroz. E, portanto, voltarão muito mais animados, penso eu, para votar a reforma em fevereiro;, destacou.

A confiança é tanta que Temer aproveitou o discurso e, enfaticamente, garantiu que a reforma será aprovada. ;Digo alto e em bom tom: vamos aprovar a reforma da Previdência no Congresso Nacional;, afirmou. Ele destacou que o texto conta com apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e de demais líderes. ;E acho que tenho compreensão, ainda que oculta, dos líderes da oposição. Não é uma questão de governo, mas de Estado, que vai servir para quem vier depois;, declarou.

Entusiasmado com o novo desafio, Marun seguiu a mesma linha de Temer e garantiu a votação em 19 de fevereiro. ;Eu penso que essa data escolhida pelo presidente Rodrigo (Maia), quem tem a prerrogativa de escolher a data, é uma data extremamente adequada e estamos muito confiantes que não serão necessários novos adiamentos;, enfatizou. No discurso de posse, ele avaliou que o país precisa de uma Previdência mais justa e menos desigual para todos. ;Não é possível que aceitemos continuar vivendo e convivendo com um sistema previdenciário que tira dos mais humildes e destina recursos aos mais privilegiados;, salientou.

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