Hamilton Ferrari
postado em 02/01/2018 15:56
Com o melhor resultado da história, a balança comercial fechou 2017 com um superávit de US$ 67,001 bilhões, uma alta de 40,5% em relação à 2016, quando acumulou US$ 47,683 bilhões. Em dezembro, o saldo ficou em US$ 5 bilhões, com as exportações em US$ 17,6 bilhões e importações, em R$ 12,6 bilhões. Os dados foram divulgados na tarde desta terça (2/1) pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic). Foi o melhor saldo da balança da série histórica, iniciada em 1989.
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No acumulado de 2017, as exportações apresentaram valor de US$ 217,746 bilhões, o que representa um acréscimo de 18,5% em relação a 2016. No último ano, o grupo que mais cresceu foi o de produtos básicos, com alta de 28,7% em comparação com o ano anterior. O resultado foi possível com a expansão na venda de petróleo em bruto (66,4%), minério de ferro (45,6%), soja em grão (34,1%), minério de cobre (29,9%), milho em grão (26%), carne bovina (17,7%), algodão em bruto (12,6%), carne suína (9,4%) e carne de frango (9%).
Em seguida, aparecem os semifaturados (13,3%), com a venda de ferro/aço (56,4%), ferro fundido (47,2%), madeira serrada (24,8%) e outros. Por último, aparecem os manufaturados, que subiram 9,4%, puxada por óleos de combustíveis (80,5%), máquinas para terraplanagem (66%), tratores (49,3%) e automóveis de passageiros (43,9%).
Do lado das importações, a alta foi de 10,5%, influenciada por combustíveis e lubrificantes (42,8%), bens intermediários (11,2%) e bens de consumo (7,9%).
"As exportações cresceram após cinco anos de queda", afirmou Marcos Pereira, ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. "Isso mostra a retomada real da economia brasileira, sobretudo do comércio exterior brasileiro", enalteceu o ministro.
O secretário de comércio exterior, Abrão Neto, declarou que o desempenho da balança comercial foi contundente em todos os fundamentos. "O superávit é o elemento mais vistoso e tem uma importância muito grande para o crescimento da economia brasileira e melhora nas contas externas", apontou. Segundo ele, o déficit na conta de transações correntes caiu de US$ 17 bilhões para US$ 5 bilhões no período de novembro de 2016 a dezembro de 2017.
Dezembro
Em reação à dezembro de 2016, as exportações subiram 21,4% e as importanções, 20,2%. Nas vendas, básicos subiram 35,5%, manufaturados, 14,7% e semifaturados, 8,8%. Do lado das compras, combustíveis lubrificantes alcançaram 61,4%, bens intermediários, 16,5%, bens de capital, 14,7% e bens de consumo, 13,6%.