Jornal Correio Braziliense

Economia

Empresário compra Pizza Hut e KFC e planeja dominar setor fast-food no país

Carlos Wizard compra operações da Pizza Hut e KFC no país e acelera ousado plano de dominar setor



[SAIBAMAIS]Wizard estreou no ramo de fast-food há dois anos, quando trouxe a mexicana Taco Bell para o Brasil. Todas as transações foram realizadas pela Sforza, gestora dos investimentos da família, que é administrada por Charles Martins e Lincoln Martins, filhos de Wizard. Caberá a eles a gestão das marcas e o relacionamento com os atuais franqueados, atividade nem sempre fácil, porque envolve um número grande de empreendedores.

A família Martins também comprou 14 unidades do KFC que pertenciam à Yum! Brands e prevê investir R$ 60 milhões até 2023 na abertura de 20 unidades próprias. Além disso, serão outras 35 lojas próprias da Pizza Hut, que deverão consumir R$ 75 milhões no mesmo período.

Em comunicado, a Yum! Brands informou que a estratégia global da empresa, que detém mais de 20 mil restaurantes no mundo é migrar suas operações para um modelo focado em franquias. ;Esse movimento já está ocorrendo em outros mercados da Yum! no mundo.;, disse Marcelo Pinho, presidente da Yum! Brands Brasil, em nota. ;Por meio de uma estrutura de master franquia, a Sforza investirá na expansão de novas lojas e no crescimento de ambas as marcas.;

Para Eduardo Tancinsky, consultor especializado em marcas, tanto KFC quanto Pizza Hut têm agora uma oportunidade única para, enfim, decolar no Brasil. ;Elas estavam sem muitas perspectivas e precisavam de um bom impulso;, diz o especialista. ;Com a ousadia de Wizard, as chances de o negócio prosperar aumentam.;

Wizard é dono de uma série de empresas e marcas, algumas delas ícones do universo empresarial brasileiro, como Rainha e Topper. Entre as investidas mais recentes, apostou em uma rede de produtos naturais, a Mundo Verde, que em pouco tempo se tornou a maior do ramo no Brasil, com mais de 400 endereços espalhados pelo país, e a Aloha, empresa de venda direta de cosméticos. Nem o mercado financeiro escapou. No final do ano passado, criou o Social Bank, banco digital que permite que pessoas físicas façam empréstimos entre si.