Após rebaixar a nota dos títulos soberanos brasileiros de longo prazo em moedas nacional e estrangeira, ontem, a Standard & Poor;s (S) reavaliou as notas de 29 instituições financeiras e de seguro nacionais e estrangeiras que operam no país nesta sexta-feira (12/1). A agência rebaixou a classificação dos papeis de longo prazo de 15 instituições financeiras de BB para BB-, a mesma classificação do Brasil. Entre os rebaixados, destacam-se os maiores bancos públicos e privados, como Banco do Brasil, Caixa, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Bradesco, Itaú Unibanco e Santander.
A entidade também rebaixou hoje os ratings de longo prazo em moeda estrangeira e em moeda local dos estados de São Paulo e de Santa Catarina de BB para BB-. A nota dos papeis de longo prazo em moeda estrangeira e local da cidade do Rio de Janeiro também foi rebaixada de BB para BB-. ;Ao mesmo tempo, reafirmamos os ratings de longo prazo ;brAA-; na escala nacional Brasil dos estados de São Paulo e de Santa Catarina e da cidade do Rio de Janeiro. A perspectiva dos ratings é estável;, informou o comunicado da agência avisando que poderá rebaixa novamente essas três classificações nos próximos 12 meses se os perfis de crédito ;se deteriorarem de forma significativa e inesperada;.
A S reduziu de a nota de 15 instituições financeiras de BB para BB-. A perspectiva ficou estável. Segue abaixo a lista dos rebaixados:
- Banco do Brasil S.A.;
- Banco Bradesco S.A.;
- Banco Citibank S.A.;
- Itaú Unibanco Holding S.A.;
- Itaú Unibanco S.A.;
- Banco ABC Brasil S.A.;
- Banco do Nordeste do Brasil S.A. (BNB);
- Banco Santander (Brasil) S.A.;
- China Construction Bank (Brasil) Banco Multiplo S.A.;
- Banco Votorantim S.A.;
- Banco Safra S.A.;
- Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES);
- Caixa Econômica Federal;
- B3 S.A - Brasil, Bolsa, Balcao;
- GP Investments Ltd;
- Ativos S.A. Securitizadora de Creditos Financeiros;
- Banco de Tokyo-Mitsubishi UFJ Brasil S/A;
- Banco Morgan Stanley S.A.;
- Banco J.P. Morgan S.A.;
- Banco Toyota do Brasil S.A.;
- Banco BNP Paribas Brasil S.A.;
- Banco Volkswagen S.A.;
- Banco Ole Bonsucesso Consignado S.A.;
- BNDESPar-BNDES Participações S.A.;
- BV Leasing Arrendamento Mercantil S.A.;
- Bradesco Capitalização S.A.;
- Bradesco Seguros S.A.;
- Austral Seguradora S.A.
- Austral Resseguradora S.A.The
A S também anunciou que os ratings de 18 entidades financeiras não foram afetados imediatamente pelo rebaixamento da classificação de risco do Brasil. São eles:
- BRB - Banco de Brasilia S.A.
- Banco do Estado do Para S.A.
- Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais S.A. (BDMG)
- Banco BTG Pactual S.A.
- Banco Daycoval S.A.
- Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A.
- Paraná Banco S.A
- Banco Pan S.A.
- Banco Paulista S.A.
- Banco Inter S.A.
- Banco Pine S.A.
- Banco Mercantil Do Brasil S.A.
- Banco Fibra S.A.
- Haitong Banco de Investimento do Brasil S.A.
- Caruana S.A. - Sociedade de Credito, Financiamento e Investimento
- Malucelli Seguradora S.A.
- J. Malucelli Resseguradora S.A.
- Terra Brasis Resseguros S.A.
A agência norte-americana informou que não espera qualquer alteração nas avaliações de capital e de ganhos das instituições financeiras listadas acima ;devido a maiores taxas em nosso capital modelo conduzido pela ação de classificação soberana;.
A S foi a primeira agência a retirar o grau de investimento dos títulos soberanos do Brasil, em setembro de 2015. De acordo com a instituição, o ritmo de adoção de medidas de reformas ;mais lento do que o esperado; para corrigir o desequilíbrio fiscal estrutural fez com que a nota de risco do país descesse mais um degrau em relação ao selo de bom pagador, passando de BB para BB-. Agora, o país está a três patamares abaixo do grau de investimento e cada vez mais perto da nota C, que é dada para países com risco de calote, ou seja, os junkbonds (lixo).