A queda do dólar diante do real e o comportamento menos volátil da cotação do petróleo no mercado internacional são fatores que ajudam a moderar os preços do combustível. Fábio Bentes, economista sênior da Confederação Nacional do Comércio (CNC), explicou que, desde que o preço da gasolina passou a seguir o mercado externo, o consumidor tem sofrido com o desconforto de reajustes frequentes. ;A gasolina tem sido um dos principais itens que pressionam a inflação. Mas o recuo do câmbio e a maior oferta internacional do produto tendem a suavizar o cenário de preços altos;, analisou.
Preços devem oscilar
Bentes lembrou que 2018, por ser um ano de eleições, pode trazer maiores oscilações para o combustível. ;Um ano eleitoral pode perturbar a taxa de câmbio. Isso não quer dizer que o dólar vá se afastar muito da taxa atual, mas pode oscilar em virtude do cenário político. Por isso, o consumidor pode esperar por maior variação do preço da gasolina ao longo do ano;, esclareceu.
Mesmo com a queda de preço, o combustível continua pesando no bolso dos brasilienses. A dona de casa Maira Azevedo, 37 anos, tem usado mais o transporte público para evitar tantas saídas com o carro. ;Pego ônibus e metrô para economizar, mas o complicado é que nem todo lugar da cidade é acessível. Às vezes, até pedir um Uber tem valido mais a pena;, destacou.
Já a arquiteta Karla Álvarez, 27 anos, manteve os hábitos, mesmo com os preços elevados. ;Continuo usando o mesmo combustível, abastecendo o mesmo tanto e rodando da mesma forma;, disse.
* Estagiária sob supervisão de Odail Figueiredo