Economia

Dólar fecha no maior valor desde dezembro com turbulências nos EUA

Juros mais altos nos Estados Unidos estimulam que os investidores vendam ações na bolsa de valores e comprem títulos do Tesouro norte-americano

postado em 08/02/2018 20:12

Desde a semana passada, os mercados financeiros de todo o mundo atravessam momentos de turbulência por causa de dados recentes da economia norte-americana
Em um novo dia de turbulência no mercado financeiro internacional, a bolsa caiu e a moeda norte-americana dólar fechou no maior valor desde o fim do ano passado. O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (8/2) vendido a R$ 3,281, com alta de 0,12%. A cotação está no nível mais alto desde 28 de dezembro (R$ 3,314).

Ao longo do dia, o dólar chegou a ultrapassar a barreira de R$ 3,30, mas desacelerou depois das 16h, até fechar próximo da estabilidade. Essa foi a segunda alta seguida da divisa.

No mercado de ações, o índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, encerrou o dia com queda de 1,49%, aos 81.532 pontos. Nos últimos dois dias, o indicador acumula queda de 2,8%. Em 26 de janeiro, a bolsa tinha chegado ao nível recorde de 85.531 pontos.

A quinta-feira foi marcada por tensões na bolsa de valores de Nova York. O índice Dow Jones fechou o dia com queda de 4,15%. O recuo não foi superior ao de segunda-feira (5/2), quando o indicador caiu 4,6%, a maior retração diária em termos percentuais desde 2011.

Desde a semana passada, os mercados financeiros de todo o mundo atravessam momentos de turbulência por causa de dados recentes da economia norte-americana. Apesar de as estatísticas recentes mostrarem que a criação de emprego superou as expectativas, o receio de que o Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano, aumente os juros básicos da maior economia mundial de forma mais agressiva que o esperado provocou tensões em escala global.

Juros mais altos nos Estados Unidos estimulam que os investidores vendam ações na bolsa de valores e comprem títulos do Tesouro norte-americano, considerado os papéis mais seguros do planeta. Da mesma forma, propiciam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil, para cobrir prejuízos em mercados de economias avançadas.

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