Lino Rodrigues
postado em 09/02/2018 06:00
São Paulo ; Helio Marcos Coutinho Beltrão é o primogênito dos três filhos do ex-ministro Hélio Beltrão, que ocupou três pastas durante o regime militar (1964/1985). Morto em outubro de 1997, Beltrão ficou conhecido por ser o ministro para a Desburocratização, entre 1979 e 1983, do governo João Batista Figueiredo (1979/1985). Na época, Marcos Beltrão era um pré-adolescente, mas ainda se lembra das conversas do pai sobre as medidas para reduzir a burocracia no país. ;Sou muito orgulhoso do que ele fez e do que tentou fazer;, diz ele. Hoje com 50 anos e vários cursos de graduação no currículo, inclusive de economia e MBA em finanças pela Columbia University, Marcos Beltrão se autointitula ;empreendedor de ideias;. Responsável por gerir os negócios da família, entre eles uma participação acionária no Grupo Ultra (dono de marcas como Ipiranga e Ultragaz), o herdeiro de Hélio Beltrão preside o Instituto Mises Brasil (IMB), organização não governamental que defende o liberalismo. Em ano de eleições, o economista está se dedicando a formatar uma proposta que ajude a destravar a economia e a vida dos brasileiros. ;Trago essa história da desburocratização no DNA;, afirma. O projeto de desburocratização, segundo ele, poderá fazer parte da plataforma dos candidatos mais alinhados ao liberalismo econômico. ;Já conversei sobre isso com o governador Alckmin e com o empresário (da Riachuelo) Flávio Rocha;. Outro que está na lista é o engenheiro João Amoêdo, do Partido Novo. O IMB, que tem como objetivo impactar as políticas públicas a partir da visão da Escola Austríaca de Economia, já distribuiu mais de 120 mil livros, todos voltados para a defesa da teoria liberal. Na entrevista a seguir, ele fala sobre o papel do liberalismo na economia, analisa o quadro eleitoral e revela como o Estado pesado afeta a rotina das empresas.