Rosana Hessel, Hamilton Ferrari
postado em 21/02/2018 18:24
O Ministério da Fazenda analisa o reajuste no limite de compra nos free-shops de US$ 500 para US$ 900 a pedido de entidades do setor de aeroportos, que está congelada desde 1991. Em meio a uma agenda atribulada recebendo políticos e empresários, após o novo adiamento da reforma da Previdência, o ministro da pasta, Henrique Meirelles, recebeu nesta quarta-feira (21/02) representantes da Associações Nacionais das Empresas Administradoras de Aeroportos (Aneaa) e da Associação Nacional de Concessionárias de Aeroportos Brasileiros (Ancab) para tratar do assunto.
[SAIBAMAIS]O presidente da Aneaa, Jorge de Moraes Jardim Filho, ao deixar o encontro avisou que essa proposta de reajuste levada à Fazenda considera apenas a correção da inflação. Segundo ele, não houve uma sinalização positiva do ministro durante a reunião que contou com a presença do secretário da Receita Federal, Jorge Rachid. ;Eles disseram que vão fazer uma avaliação e nos chamar para responder, oportunamente;, disse o executivo, acrescentando que os países vizinhos do Mercosul, como Argentina e Uruguai, já fizeram correção em seus limites nas lojas francas e nos aeroportos. Na avaliação de Jardim Filho, o setor teria ;uma série de benefícios; com esse reajuste, como a criação ;por volta de 3 mil empregos; no setor. Ele disse, no entanto, que a pasta não marcou uma data para um retorno do pedido
De acordo com o documento entregue por essas entidades aos técnicos da Fazenda, essa proposta apenas corrigirá, parcialmente, a inflação da moeda norte-americana até outubro de 2017, pois o valor atualizado pelo Consumer Price Index (CPI), seria de US$ 908,32. Para se ter uma ideia de como o poder de compra caiu nesse período, conforme dados das associações, uma cesta de U$ 500 permitia a compra de 25 itens mais vendidos nos free-shops nos aeroportos e fronteiras nacionais. E, em 2017, essa mesma cesta foi reduzida para apenas 12 itens.