Rosana Hessel
postado em 27/02/2018 15:00
O governo federal registrou um superavit primário de R$ 31 bilhões em janeiro de 2018, graças, principalmente, ao Refis. Foi o melhor resultado para o mês desde o início da série histórica, iniciada em 1997, conforme dados divulgados nesta terça-feira (27/2) pelo Tesouro Nacional.
Em relação ao saldo positivo das contas públicas do chamado governo central, que reúne Tesouro, Banco Central e Previdência Social, o resultado foi de 67,8%, no mês de janeiro, que historicamente costuma ser bastante positivo para as contas públicas.
[SAIBAMAIS]A receita líquida do governo central de janeiro cresceu 11,7%, em termos reais, em relação ao mesmo período de 2016, somando R$ 136,4 bilhões. Já as despesas subiram de 4,5%, para R$ 136,4 bilhões, na mesma base de comparação, conforme o relatório mensal.
De acordo com o Tesouro, houve melhora de 10,7% na arrecadação total, ou seja, R$ 15 bilhões, sendo que essa variação é explicada, principalmente, pelo pagamento à vista de multas e juros negociados no parcelamento do Refis, em torno de R$ 7,8 bilhões. O aumento da arrecadação de PIS-Cofins sobre os combustíveis, de R$ 1,9 bilhões, a melhora do comportamento dos principais indicadores econômicos - que ampliou a receita em R$ 5,9 bilhões em relação a 2016 - também contribuíram para esses dados positivo de janeiro.
Apenas o Tesouro registrou superavit primário de R$ 45,7 bilhões, com aumento de 41% sobre os R$ 31,5 bilhões de 2016. Já o BC teve deficit de R$ 173 bilhões, volume 21,8% acima do computado no ano anterior. O rombo da Previdência de janeiro cresceu 5,1% sobre o mesmo intervalo de 2016, para R$ 14,5 bilhões, que, segundo o órgão, foi recorde para o mês.