Economia

Resultado do PIB mostra que economia voltou a crescer, diz Meirelles

A atividade econômica do país cresceu 1% no ano passado, segundo o IBGE

Hamilton Ferrari
postado em 01/03/2018 12:30
Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, celebra o crescimento econômico do país

Após a divulgação do resultado do Produto Interno Bruto (PIB), que cresceu 1% em 2017, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a economia brasileira demonstra que vai continuar expandindo de forma forte e sólida. Ele destacou que o resultado estava dentro das expectativas e que ressaltou os dados de investimento, que cresceu 2% no último trimestre de 2017.

O ministro destacou que o crescimento de 1% em 2017 foi ainda mais importante porque o país saiu de uma queda de produto de 3,6% em 2016.;É um avanço grande e mostra que a economia está acelerando. Está crescendo cada vez mais, entrando em 2018 com um crescimento forte e sólido, e confirma nossas expectativas de um crescimento de um produto de 3% em 2018;, apontou.

Com o resultado do último trimestre de 2017, Meirelles disse que todos os setores estão mostrando crescimento expressivo, o que reflete no investimento das empresa. ;As empresas estão de fato com dados sólidos, porque já estão investindo, visando atender a este crescimento;, apontou. ;Investimento reagiu no último trimestre, cresceu forte: 2%. É um indicativo muito grande de que as empresas já estão investindo visando atender esse crescimento de 2018 previsto;, alegou.

Apesar do resultado do último trimestre, a taxa de investimento anual foi de 15,6%, o menor índice da série histórica. Meirelles comentou que, durante o ano, a economia ainda estava se recuperando da trajetória de queda no ano anterior, que criou uma capacidade ociosa muito grande. ;No momento que o Brasil continuou a crescer e as previsões estão forte, as empresas começaram a investir no terceiro trimestre fortemente;, ressaltou Meirelles.

A equipe econômica também ressaltou que, no último trimestre, o investimento melhorou também na construção civil, que ainda apresentava resistência. De acordo com Meirelles, a falta de aplicação no setor foi interrompida diante de um acúmulo de estoque de imóveis e demorou para que fossem ;desovados;. ;A construção civil era o último componente a mostrar crescimento positivo (de investimentos);, disse o secretário de Política Econômica da Fazenda, Fábio Kanczuk.


Consumo


Meirelles destacou ainda que o consumo da família foi influenciado pela melhora da atividade econômica e pela liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Ele destacou o aumento do consumo de bens duráveis, que classificou como uma espécie de ;investimento das famílias;. ;O consumo de bens duráveis é, digamos, o investimento da família, da mesma maneira que a compra de máquinas e equipamentos é o investimento das empresas;, ressaltando que as pessoas financiam o produto para comprá-lo, confiando na melhora da economia.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que o consumo das famílias voltou a crescer em 2017, mas caiu no último trimestre do ano. Meirelles destacou, porém, isso não demonstra que o ritmo de retomada está forte. ;Variações interanuais pode ter variações pontuais no crescimento trimestral;, disse. ;O importante é que o crescimento está em linha com o crescimento de 3% para 2018;, completou.

Meirelles também comentou a renda das famílias, que cresceu 0,2% no ano passado, configurando uma alta pouco expressiva. Ele justificou que há ;um processo de defasagem; da ;maior recessão da história;.


Planejamento


Pelo Twitter, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse que o crescimento do PIB reflete a melhora das condições econômicas do Brasil e o resultado das políticas que foram adotadas pelo governo. "A implementação de diversas reformas, em vários setores, a estabilização da economia, o controle da inflação, redução de juros e reformas do marco legal, inclusive a trabalhista", ressaltou.

Sobre o resultado, ele destacou que os principais elementos que contribuíram para a recuperação do PIB foi a agropecuária, do lado da oferta, e o consumo das famílias, por parte da demanda. "Recuperação do consumo é resultado da melhora das condições do mercado de trabalho, redução da inflação, que gera crescimento da renda real, e medidas como a liberação do FGTS e PIS-Pasep, que colocaram dinheiro na mão do trabalhador para quitar contas e abrir espaço para o consumo", afirmou Dyogo Oliveira.

O ministro do Planejamento destacou também que o país inaugura um novo ciclo de expansão, que terá continuidade para 2018. "O 4; trimestre apresentou crescimento de 2,1% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, ou seja, neste momento já estamos crescendo a um ritmo de 2% ao ano", comemorou.

Dyogo Oliveira comentou também que o investimento foi o componente que mais cresceu no 4; trimestre de 2017 (2%), "dando continuidade ao movimento que já tinha sido iniciado no 3; trimestre quando o investimento havia crescido 1,8%, em relação ao trimestre anterior com ajuste sazonal."

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