
O Banco Central (BC) só pretende regular as fintechs, startups do setor financeiro, quando for absolutamente necessário. O objetivo é criar um ambiente que favoreça as novas empresas — que estão acabando com a intermediação de vários serviços até agora oferecidos pelos bancos — e só entrar com a caneta quando o BC for chamado. A postura faz parte da agenda microeconômica do BC, que — após cortar pela metade a taxa básica de juros, a Selic, e levá-la ao seu menor patamar histórico — quer focar em reduzir os juros também para os consumidores finais. Numa conversa com os Diários Associados sobre inovação e concorrência, Ilan Goldfajn disse que a concentração bancária no Brasil é similar à praticada em países europeus, mas que o BC está trabalhando para nivelar o terreno para os competidores de menor porte. Bancos maiores são sujeitos a regras mais restritivas, enquanto bancos médios, pequenos e cooperativas de crédito obedecem a critérios mais brandos. As fintechs, segundo ele, podem ser um novo vetor de competição nesse processo. A seguir, os principais trechos da entrevista: