Economia

Oscilação de preços no supermercado desorienta compras do consumidor

Educador financeiro recomenda às pessoas que, antes de comprar, façam pesquisa para ver se é possível encontrar os produtos desejados por valores mais em conta

Andressa Paulino*
postado em 10/03/2018 08:00
Freitas reclama do equilíbrio difícil entre gasto com alimentos e renda

Os produtos nos supermercados de Brasília apresentaram grandes variações de preços nesta semana. Itens como leite, macarrão, ovos e melão ficaram mais caros, enquanto tomate, coxa e sobrecoxa de frango e farinha de trigo tiveram preços mais em conta. Mesmo com várias mercadorias com desconto, muitos consumidores se sentem inseguros diante dos valores cobrados nas gôndolas.

;Os produtos ainda estão caros. Uma família de quatro pessoas, como a minha, não consegue, hoje, comprar o básico com menos de R$ 800 por mês;, avalia o militar Fernando Freitas, 46 anos. ;As promoções ajudam, mas ainda é difícil equilibrar o gasto com alimentos e a renda da família;, reclama.

;Normalmente, os produtos que costumam ter maiores variações de preço são os mais indispensáveis. E nós, como consumidores, ficamos receosos com valores que podem sofrer alterações repentinas;, explica Freitas. ;Por isso, grande parte das pessoas opta por estocar alimentos;, observa.

Para Reinaldo Domingos, da Dsop Educação Financeira, criador do canal Dinheiro à vista, a insegurança em relação aos preços dos produtos não fica apenas por conta das variações nos valores, mas também pelo pouco tempo de que o consumidor dispõe para fazer as compras de casa. ;É comum as pessoas irem ao mercado com pouco tempo. Isso significa que você vai deixar de pesquisar preços melhores e, possivelmente, vai acabar gastando mais do que gostaria ou poderia;, afirma. ;Sempre que você pesquisa, consegue economizar;, destaca.

;Outra questão que deixa as pessoas inseguras é não ter um registro de preços dos produtos;, comenta Domingos. ;É importante anotar o valor dos itens consumidos sempre que for ao mercado. Dessa forma, é possível entender melhor as variações;, afirma. ;As pessoas não costumam perceber a economia que se pode obter com centavos. Mas quem não liga pra um tostão, nunca terá um milhão;, conclui o educador.

* Estagiária sob supervisão de Odail Figueiredo

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