Anna Russi*
postado em 02/04/2018 16:09
A balança comercial do mês de março registrou superávit de US$ 6,2 bilhões. De acordo com os dados divulgados na tarde desta segunda-feira (2/4) pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), o resultado é o segundo maior no mês de março, segundo a série histórica. No entanto, é 12% inferior ao maior da série, atingido no mesmo mês em 2017, quando alcançou US$ 7,136 bilhões.
Com uma cifra de US$ 20,089 bilhões, as exportações recuaram 0,6% em relação ao mês passado e cresceram 9,6% em relação a março do ano passado. A categoria de semimanufaturados teve alta de 16,8, a de básicos cresceu 8,4% e os manufaturados aumentaram em 8,3%, ante 2017.
Já as importações totalizaram US$ 13,809 e teve uma queda de 4,6% sobre fevereiro deste ano. Comparadas com março de 2017, as importações apresentaram aumento de 16,9%. Na comparação mensal, os combustíveis e lubrificantes cresceram 46,5%, os bens de capital, 20,5%, bens de consumo, 16,4%, e bens intermediários subiram 12,2%.
Abrão Neto, secretário de Comércio Exterior, destacou que a boa sequência ininterrupta de importação mostra um bom apetit do país em relação a compras de produtos estrangeiros. Nas exportações ele ressaltou um crescimento do milho em grão que subiu 131% em quantidade e 114% em valor. ;A safra de 2016 e 2017 sofreu uma queda então os volumes eram praticamente nulos. Este ano como a safra é positiva e robusta tem uma melhora;, explicou.
A expectativa do MDIC para o ano de 2018 é de um saldo positivo na casa dos US$ 50 bilhões. ;Esperamos um saldo extremamente robusto e seria o segundo maior superávit da série histórica brasileira. A tendência e o movimento das importações e exportações têm corroborado para isso;, observou o secretário.
O saldo do petróleo e derivados ficou positivo em US$ 1,472 milhões. O valor é resultado da subtração entre exportações, US$ 6,943, menos importações, US$ 5,471, e é menor do que o de 2017, quando registrou US$ 2,289 milhões.
Para o acumulado de 2018 as exportações somaram valor de US$ 54,370 bilhões, registrando 11,3% de aumento pela média diária, e as importações US$ 40,417 bi, com 15,8% de crescimento pela média diária.
No acumulado das exportações de janeiro-março, comparado com o mesmo período de 2017, os manufaturados tiveram aumento de 23,1%, US$ 21,330 bilhões, os semimanufaturados subiram 6,5%, US$ 7,401 bilhões e os básicos cresceram 3,7%, US$ 24,258 bilhões. Os principais países de destino foram China, com US$ 12,6 bilhões, Estados Unidos, US$ 6,3 bi, Argentina, US$ 4,4 bilhões, Países Baixos, com US$ 3,9 bilhões e Chile, com US$ 1,5 bilhão.
Nas importações do acumulado janeiro-março, na mesma comparação, tiveram crescimento de 44,9% os combustíveis e lubrificantes, os bens de consumo apontaram aumento de 18,8%, os bens de capital de 18,2% e os bens intermediários subiram em 9,8%. Os principais mercados fornecedores foram China, com US$ 8 bilhões, Estados Unidos, US$ 6,9 bilhões, Alemanha, com US$ 2,5 bilhões, Argentina, com um valor de US$ 2,4 bilhões e a Coreia do Sul, com US$ 1,5 bilhão.
Em relação a tensão comercial entre a China e os Estados Unidos, Neto disse que o ministério ainda está avaliando os possíveis impactos e identificação de eventuais oportunidades mas que a tensão entre as duas potências pode ser prejudicial para a economia global. ;Temos confiança de que a exclusão temporária do Brasil se tornará definitiva e com isso teremos assegurado a fluidez do comércio;, comentou.
*Estagiária sob supervisão de