Economia

Correio Talks: tecnologia ajuda consumidor a fazer escolhas melhores

Entre os temas em discussão no Correio Talks está a necessidade de as pessoas usarem as novas tecnologias para se informar sobre novos produtos do mercado

Gabriela Vinhal
postado em 11/04/2018 06:00
Moira Gilchrist defende divulgação de produto aos compradores

Um grande debate sobre como a tecnologia e a informação podem ajudar os consumidores na hora da escolha ocorre hoje, a partir das 9h30, no auditório do Correio. A advogada Rosana Chiavassa, a jornalista Angela Crespo e o advogado Pedro Boueri, especialistas em defesa do consumidor, participarão do Correio Talks: Informar não é proibir ; um novo olhar para os avanços tecnológicos no direito de escolha do consumidor.

Entre os temas em discussão estará a necessidade de as pessoas usarem as novas tecnologias para se informar sobre produtos e serviços oferecidos no mercado. Avanços tecnológicos ainda pouco conhecidos, por exemplo, devem ser divulgados e analisados, não simplesmente proibidos.

Nesse contexto, um dos temas que têm provocado debate é o cigarro eletrônico, proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil. Uma resolução proíbe a comercialização, a importação e a propaganda de produtos alternativos ao cigarro. Os produtores pedem a regulamentação, depois de uma ampla discussão para que o consumidor tenha autonomia na hora de escolher.

Maior fabricante de cigarros do mundo, a Phillip Morris recentemente lançou um cigarro de tabaco aquecido (IQOS), muito similar ao produto convencional, mas ;menos nocivo;. Aprovado e já comercializado em 38 países ; entre eles Colômbia, Guatemala, República Dominicana, Curaçao e Canadá ; o IQOS é uma alternativa para as pessoas que querem parar de fumar, mas ainda não conseguiram.

[SAIBAMAIS]A vice-presidente e cientista da Phillip Morris, Moira Gilchrist, explicou que, apesar de conter nicotina, os riscos à saúde de um viciado são 90% menores que os de um cigarro comum. ;Fumar causa vício e provoca uma série de doenças graves que podem levar à morte. Agora, acreditamos que temos um produto que pode ser de fato uma alternativa para os fumantes com menor risco ao câncer, ao enfisema pulmonar, à diabete e à hipertensão.;

Categoria

Recentemente, a Anvisa negou pedido da multinacional de criar uma categoria para abranger o tabaco aquecido, diferente da do cigarro eletrônico. Contudo, teve o pedido negado sem muitos esclarecimentos, segundo informou o diretor de assuntos corporativos da Philip Morris, Fernando Vieira. ;Ao postergar essa discussão, acaba-se ;protegendo; o cigarro convencional e impedindo que milhões de brasileiros que fumam possam ter informações e acesso a produtos melhores do que o cigarro;, complementa.

Os cigarros eletrônicos foram oficialmente proibidos no país em 2009, com uma resolução da Anvisa. Em nota, a agência informou que esses produtos eram vendidos como um tratamento para cessação do tabagismo, um produto sem riscos à saúde. Contudo, nenhuma dessas alegações foram comprovadas cientificamente pelos criadores. Apesar da decisão, a própria norma que proibiu esses produtos prevê a autorização, desde que as propriedades sejam comprovadas.

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