Economia

Nos EUA, Goldfajn defende que BC deve focar trabalhos na inflação

Goldfajn defendeu que o país conseguiu diminuir a inflação e a taxa Selic, que está atualmente no menor nível da história, em 6,25% ao ano

Hamilton Ferrari
postado em 18/04/2018 15:35
Goldfajn defendeu que o país conseguiu diminuir a inflação e a taxa Selic, que está atualmente no menor nível da história, em 6,25% ao ano
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, declarou, durante o seminário Flexible Inflation Targeting Advancing the Frontiers of Monetary Policy Making, em Washington, nos Estados Unidos, que focar o trabalho da autoridade monetária é um ;quadro de sucesso; para a política monetária.
"Na minha experiência, tem sido útil não só durante tempos estáveis, mas também em períodos turbulentos", alegou. Ele destacou que, quando assumiu a presidência da instituição monetária, em junho de 2016, o desafio era levar a inflação até a meta brasileira, que é de 4,5%, com um intervalo de 1,5 ponto percentual para baixo e para cima, num ambiente macroeconômico incerto e com forte recessão.
Goldfajn defendeu que o país conseguiu diminuir a inflação e a taxa Selic, que está atualmente no menor nível da história, em 6,25% ao ano. "É importante mencionar que a mudança na orientação da política econômica, visando controlar desequilíbrios fiscais fio uma pré-condição para esses resultados, também apoiada por uma taxa de câmbio flutuante e um volume robusto de reservas externas, de cerca de 20% do PIB (Produto Interno Bruto)", defendeu.
De acordo com ele, este estoque equivale a US$ 380 bilhões para um "seguro" em períodos de turbulência no mercado. O presidente do BC também destacou que a estratégia de comunicação foi ;crucial; para um diálogo mais eficiente com o mercado. Goldfajn também ressaltou que o governo federal vem tentando implementar uma ;extensa; agenda de ajustes e reformas.
"Com a inflação sob controle e as expectativas ancoradas, a economia brasileira é mais resistente a reversões no cenário global. Os sistemas financeiro e corporativo no Brasil são, atualmente, muito resilientes às flutuações da taxa de câmbio, e a dívida pública externa não é um problema", completou o discurso.

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