Economia

Com dólar forte, juros médios e longos sobem, mas taxas curtas caem

Segundo o presidente do Banco Central, a recente pressão do dólar não impedirá o corte da Selic na próxima semana

Agência Estado
postado em 09/05/2018 10:42
Segundo o presidente do Banco Central, a recente pressão do dólar não impedirá o corte da Selic na próxima semana

Os juros futuros de curto prazo recuam na manhã desta quarta-feira, 9, mas já reduziram a queda inicial, pressionados pelo avanço da curva de médio e longo prazo em meio ao fortalecimento do dólar ante o real. As taxas curtas reagem à sinalização do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, de que o BC deve cortar mais uma vez a taxa Selic, na quarta-feira da próxima semana.

Ilan enfatizou em entrevista na noite desta terça-feira, 8, à GloboNews, que a recente pressão do dólar não impedirá o corte da Selic na próxima semana. Por isso, os investidores que haviam reduzido recentemente as apostas em novo corte na reunião do Copom da próxima semana estão ajustando posições.

[SAIBAMAIS]Segundo operadores de câmbio, após recuar nos primeiros negócios, o dólar retoma a valorização diante do cenário geopolítico nebuloso, o risco ainda de uma guerra comercial entre Estados Unidos e a China e dúvidas sobre os desdobramentos do rompimento do acordo nuclear americano com o Irã - além da expectativa de mais elevações dos juros americanos neste ano.

Sem impacto nos negócios, os Estados Unidos informaram mais cedo que o índice de preços ao produtor (PPI) americano subiu 0,1% em abril ante março, segundo dados publicados pelo Departamento do Trabalho. O resultado veio abaixo das expectativas de analistas, que previam alta de 0,2%. Já o núcleo do PPI, que exclui preços de energia e alimentos, aumentou 0,2% no mesmo período, em linha com a projeção de 0,2%. Na comparação anual, o PPI teve alta de 2,6% em abril, a menor desde dezembro de 2017.

Às 9h34 desta quarta-feira, o DI para janeiro de 2019 caía a 6,285%, de 6,330% no ajuste de terça. O DI para janeiro de janeiro de 2020 marcava 7,27%, igual ao ajuste anterior, enquanto o DI para janeiro de 2021 subia para 8,34%, de 8,29% do ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2023 avançava a 9,55%, de 9,48% no ajuste da véspera. No câmbio, o dólar à vista estava em alta de 0,21% neste mesmo horário, aos R$ 3,5760. O dólar futuro para junho ganhava 0,35%, aos R$ 3,5845.

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