Economia

Setor de serviços recua 0,2% em março e completa trimestre de índices fraco

De acordo com economistas, a recuperação da atividade econômica está ocorrendo, mas de forma lenta, aquém do esperado pelo mercado

Hamilton Ferrari
postado em 15/05/2018 09:43
Recuou, principalmente, no ramo de serviços profissionais
O setor de serviços recuou 0,2% em março, na comparação com fevereiro, segundo dados divulgados na manhã desta terça-feira (15/5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado do mês ocorre depois de cair 1,9% em janeiro e ficar estável em fevereiro.

Na comparação com março de 2017, também houve uma queda de 0,8% no setor de serviços. No acumulado do ano, a atividade do setor caiu 1,5%. Em 12 meses, a retração é de 2%.

O indicador se junto a uma série de outros índices negativos da economia brasileira relativos ao primeiro trimestre de 2018. De acordo com economistas, a recuperação da atividade econômica está ocorrendo, mas de forma lenta, aquém do esperado pelo mercado.

Além do setor de serviços, comércio (varejo), produção industrial, taxa de desemprego e índice de investimentos apresentaram um desempenho menor do que estava sendo projetado.

Por conta disso, os analistas estão aguardando um Produto Interno Bruto (PIB) de 0,5% no primeiro trimestre deste ano. O resultado é abaixo da expectativa inicial de vários economistas, que tinham esperança de uma alta de 1% no período.

O resultado fraco no trimestre faz com que o mercado diminua suas perspectivas de crescimento econômico em 2018. O próprio governo federal deve anunciar a redução de 3% para 2,5% da expansão da atividade ao final deste mês.

Segundo o Boletim Focus, que é uma pesquisa do Banco Central (BC) com estimativas do mercado, os economistas derrubaram o avanço da atividade de 2,7% para 2,51% na última semana.

Março

No mês, o setor de serviço caiu em três das cinco atividades pesquisadas pelo IBGE. Recuou, principalmente, no ramo de serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,8%). Além disso, o segmento de transportes (-0,8%) e outros serviços (-0,4%) completaram os resultados negativos de março.

Na contramão, os impactos positivos vieram de serviços de informação e comunicação, que subiu 2,3%, e dos serviços prestados às família, registrando alta de 2,1%.

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