Hamilton Ferrari
postado em 22/05/2018 15:09
Com paralisação dos caminhoneiros, o abastecimento de alimentos nas cidades começa a ser prejudicado. De acordo com a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), todo o nosso setor de mercadorias, como boi, suíno, aves e leite está sendo ;muito afetado;.
O presidente da entidade Péricles Salazar destacou que há ;inúmeras queixas; de caminhões parados nas vias. A maioria deles está transportando produtos perecíveis. ;São centenas de caminhões parados nas estradas com animais vivos, leite e produtos resfriados para serem entregues nos pontos de varejo em todo o país;, alegou.
[SAIBAMAIS]Em comunicado, a Abrafrigo informou que considera o protesto ;justo; diante das circunstância criadas pela política de preços da Petrobras, mas ressaltam que as manifestações atrapalham a vendas. ;A economia não pode parar por causa disso. E o fato das carnes serem um produto perecível, agrava ainda mais a situação;, apontou Salazar.
A paralisação dos caminhoneiros pede medidas efetivas do governo federal para diminuir os preços do diesel e da gasolina. O presidente da Petrobras, Pedro Parente, garantiu, na manhã desta terça-feira (22/5), que a metodologia de precificação dos produtos nas refinarias não vai ser alterada, já que há um consenso de que a alta dos valores nos postos está associada à expansão do barril do petróleo no mercado internacional e do dólar.
A equipe econômica e o Palácio do Planalto ainda discutem as possibilidades, porque, segundo o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, o espaço para corte de tributos é ;muito reduzido; no orçamento federal. O país ainda passa por problemas graves nas contas públicas por conta de vários deficits consecutivos.
Insatisfeitos, os caminhoneiros protestaram em, pelo menos, 19 estados e no Distrito Federal durante esta segunda-feira (21/5). Algumas regiões do país continuam com as manifestações. O governo federal não sinalizou se conseguirá uma solução ainda nesta terça-feira (22/5).