Economia

Prévia oficial da inflação desacelera e fica em 0,14% em maio, diz IBGE

Os vilões do IPCA-15 foi o grupo de Saúde e cuidados pessoais, que registrou uma alta de 0,76% no mês

Hamilton Ferrari
postado em 23/05/2018 09:27
A pressão foi exercida pelos itens planos de saúde e remédios
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), conhecido como a prévia oficial da inflação, subiu 0,14% em maio. O resultado mostrou que houve uma desaceleração da taxa no mês, já que foi 0,07 ponto percentual(p.p) abaixo do que foi registrado em abril (0,21%). Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O índice de maio foi o menor para o mês desde 2000, quando marcou 0,09%. No ano passado, o taxa foi de 0,24%. O IPCA-15 acumulado no ano ficou em 1,23%, menor nível para o período desde a implantação do Plano Real. O acumulado dos últimos doze meses foi de 2,70%, ficando abaixo dos 2,80% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.

De acordo com o IBGE, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, três apresentaram deflação: alimentos e bebidas (-0,5%), artigos de residência (-11%) e transportes (-0,35%).

A queda do primeiro grupo foi influenciada principalmente pelos preços da alimentação, que caiu 0,28%. Em domicílio, a alta foi de 0,09%, após queda de 0,05% em abril.

Ajudaram a derrubar os preços dos alimentos o açúcar cristal (-3,9%), os pescados (-3,51%), os frangos inteiros (-1,6%), o arroz (-1,35%) e as frutas (-0,97%).

Por outro lado, cebolas (35,68%), hortaliças (6,1%), feijão-carioca (3,75%) e leite longa vida (4,44%) registraram altas em maio.

Já no grupo de artigos de residência, a queda foi impactada pelo item TV, som e informática (-1,47%). Em transportes, apesar da alta de 0,81% da gasolina, houve quedas do etanol (-5,17%) e passagens aéreas (-14,94%).

Alta

Os vilões do IPCA-15 foi o grupo de Saúde e cuidados pessoais, que registrou uma alta de 0,76% no mês. Houve novamente uma alta nos planos de saúde (1,06%) e dos remédios (1,04%). Os medicamentos sofrem reajuste anual desde 31 de março, com variação entre 2,09% e 2,84%.

Também houve aumento nos preços do grupo habitação (0,45%), resultado da alta da energia elétrica (2,18%). A bandeira tarifária amarela está valendo desde 1; de maio, adicionando a cobrança de R$ 0,01 a cada kwh consumido. Também há reajustes nas tarifas de Salvador (15,47%), Porto Alegre (5,95%), Recife (5,59%) e Fortaleza (5,80%).

Ainda no grupo de habitação, o item gás encanado subiu 0,46%, reflexo do reajuste de 1,87% ocorrido no Rio de Janeiro (0,88%). A taxa de água e esgoto teve leve alta de 0,01%, por conta do reajuste de 2,78% em Recife (0,35%), a partir de 12 de maio.

Regional

Quanto aos índices regionais, a região metropolitana de São Paulo (-0,19%) apresentou o menor resultado em razão das quedas nos itens etanol (-5,56%) e passagem aérea
(-28,39%).

O IPCA-15 de Brasília em maio foi de 0,14%, na média do país. No acumulado do ano, a taxa é de 0,43%. Em 12 meses, de 2,74%.

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