Economia

Saiba como receber a indenização das perdas com planos econômicos

Pelo menos 3 milhões de poupadores têm direito à correção para cobrir perdas com os planos Bresser (1987), Verão (1989) e Collor II (1991)

Antonio Temóteo
postado em 23/05/2018 10:51
Para Ilan Goldfajn, o acordo feito com poupadores reduz as incertezas que permeavam o balanço dos bancos
O governo espera que os poupadores recebam até R$ 12 bilhões em indenizações dos bancos para cobrir as perdas provocadas por planos econômicos ; Bresser (1987), Verão (1989) e Collor II (1991). Nas quatro primeiras horas de funcionamento da plataforma de adesão ao acordo, mais de mil interessados se cadastraram. Pelo menos 3 milhões de pessoas têm direito de receber os depósitos.

Em solenidade no Palácio do Planalto, o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, afirmou o que acordo firmado entre poupadores e instituições financeiras, homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), permite reduzir as incertezas que permeavam os balanços de instituições financeiras, sem que isso prejudique a saúde dos bancos.

As instituições financeiras recomendam que o processo seja feito pelos advogados que representam os poupadores já que é necessário informar o número da ação na Justiça e anexar cópias de documentos ao pedido. O pleito deve ser realizado por meio do endereço eletrônico www.pagamentodapoupanca.com.br.

Há um calendário para entrar no sistema e começar a receber o ressarcimento, que começa com nascidos até 1928 ; ou seja, que têm 90 anos ou mais. Mensalmente, o calendário de pagamento avançará para clientes mais novos até que em março de 2019 todos serão beneficiados.

Enviados os documentos, os bancos terão 60 dias para analisar os dados e, se o pedido estiver correto, o pagamento será feito nos 15 dias seguintes. O dinheiro será depositado na conta do poupador. Caso o cliente tenha morrido, o depósito será feito em conta judicial para ser incluído no espólio.

Caso a poupança tenha sido feita em um banco que foi comprado ou fundido com outro, o pagamento ficará a cargo da instituição que a adquiriu. Clientes do ABN Amro Real, por exemplo, receberão o pagamento do Santander.

Já os poupadores que tinham caderneta no Bamerindus e Nacional ; instituições que foram socorridas pelo Proer ; ainda têm situação indefinida. No caso da primeira instituição, há conversas entre os bancos que adquiriram os ativos e passivos para eventual pagamento, mas ainda há definição sobre o tema.

Santander e Itaú Unibanco já anunciaram que farão pagamentos à vista aos clientes. O Banco do Brasil informou que estuda a possibilidade. O presidente do BB, Paulo Rogério Caffarelli, informou que 600 mil poupadores têm direito a receber indenização, que podem chegar a R$ 4 bilhões. Na Caixa Econômica Federal, 222 mil poupadores podem fazer a adesão e receberão até R$ 1,2 bilhão. O Bradesco informou que ainda estuda como fará os pagamentos.

Ata do Copom

A ata da reunião de maio do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reforçou a mensagem de que os juros permanecerão em 6,5% ao ano por um longo período, explicou o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, Fernando Honorato Barbosa. O colegiado, disse Barbosa, reforçou que, mesmo com cenário benigno para a inflação e com o arrefecimento apontado pelos dados recentes de atividade, a piora do balanço de riscos foi preponderante para deixar a taxa de juros estável. ;Essa mudança foi associada ao quadro internacional mais volátil e menos favorável para as economias emergentes, em grande medida por conta da normalização da política monetária em algumas economias avançadas;, disse.

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