O custo da redução do preço do diesel em R$ 0,46 por litro deve ficar em R$ 9,5 bilhões este ano. A afirmação é do ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, em entrevista nesta manhã ao programa Bom Dia, Brasil, da TV Globo.
Segundo ele, o governo chegou ao ;limite; do que pode conceder com a medida, feita de forma ;responsável;. O presidente Michel Temer anunciou nesse domingo (27/5) o congelamento por 60 dias da redução do preço do diesel na bomba em R$ 0,46 por litro.
Temer fez um pronunciamento depois de um dia inteiro de negociações no Palácio do Planalto. A título de comparação, o presidente disse que o desconto equivale a zerar as alíquotas da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) e do PIS/Cofins (Programa de Integração Social/Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social).
Os representantes dos caminhoneiros autônomos não aceitaram o congelamento do diesel por apenas 30 dias, como havia sido inicialmente proposto.
;Movimento impacta economia, mas é cedo para rever projeção do PIB;
O ministro da Fazenda admitiu que a paralisação dos caminhoneiros, que hoje completa oito dias, tem impacto na economia, mas disse que ainda é cedo para rever a projeção oficial do Produto Interno Bruto (PIB), recentemente reduzida de 2,97% para 2,5%. "Tivemos problema grave com greve de caminhoneiros e economia estava paralisada", disse na entrevista ao "Bom dia Brasil", telejornal da TV Globo.
Durante toda a entrevista, Guardia reconheceu os impactos da greve na economia e sobre a população em geral, mas, ao ser perguntado diretamente sobre o assunto, o ministro disse que é difícil dizer qual é o efeito exato dos oito dias de paralisação na atividade para efeitos de estimativa de PIB.