Economia

Governo federal quer quebrar "excessiva dependência" do modal rodoviário

Expectativa para os próximos seis meses é lançar leilões de três ferrovias: Norte-Sul, Oeste-Leste e Ferrogrão

Rodolfo Costa
postado em 28/05/2018 17:51
O governo federal quer reavaliar a distribuição de modais rodoviários no país. Essa é a missão principal do novo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Ronaldo Fonseca. O mais recente auxiliar do presidente Michel Temer foi empossado nesta segunda-feira (28/5) e, como primeira ação, solicitou à Secretaria de Assuntos Estratégicos da pasta a elaboração de um plano que garanta a melhor distribuição entre modais de transporte no Brasil.

A expectativa do ministro é garantir uma "eficientização da logística" com a "quebra da excessiva dependência" do modal rodoviário. "Dei 30 dias para o secretário de Assuntos Estratégicos para reorganizar a distribuição de modais rodoviários no país", destacou Fonseca. O pedido, ressaltou o auxiliar, veio do próprio presidente. "O presidente me recomendou em especial que cuidasse e olhasse com carinho exatamente este plano que encomendei hoje pela manhã", disse.

O ministro não detalhou as diretrizes do plano de distribuição dos modais, mas enfatizou que a expectativa para os próximos seis meses de gestão é lançar leilões de três ferrovias: Norte-Sul, Oeste-Leste, e a Ferrogrão. ;A Secretaria-Geral já tem estudos prontos e estamos com estes leilões que estão quase prontos para sair. O TCU está fazendo estudos. Já temos parte liberado e, com certeza, vamos avançar neste tema;, enfatizou.

A intenção do governo em ampliar os modais de transporte de carga no país vai na linha de prover alternativas para uma paralisação como a iniciada pelos caminhoneiros há uma semana. Com caminhões parados e trechos em rodovias bloqueadas, muitas cargas estão encalhadas nas estradas. Em discurso, Temer evitou fazer críticas à categoria. Adotou um discurso conciliador, ressaltando que procurou adotar diálogo durante os protestos.

"Naturalmente entendeu-se que, logo no começo, eu deveria usar de toda força necessária para, logo no primeiro dia, impedir o movimento. Mas não é assim. Nossa vocação é o diálogo, que é o que fizemos ao longo desta semana;, declarou Temer. Ele acredita que, entre hoje e amanhã, a greve terá fim. ;Tenho certeza que tudo isso dará tranquilidade;, ressaltou.

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