Economia

Governo disponibiliza WhatsApp para caminhoneiros denunciarem ameaças

As informações recebidas serão encaminhadas para as polícias Federal, Rodoviária Federal e para as Forças Armadas

Rodolfo Costa
postado em 30/05/2018 15:13
O governo federal vai criar um canal para que brasileiros possam denunciar a prática de violência contra caminhoneiros nas estradas. O Palácio do Planalto diz ter convicção de que transportadores que desejam seguir viagem estão sendo reféns de populares e alguns caminhoneiros que desejam manter os pontos de obstrução em rodovias do país. Por isso, a expectativa é de que este dispositivo de comunicação seja eficaz para alertar a ocorrência às forças de segurança. O canal será feito por WhatsApp e também em outras plataformas.

O governo espera lançar o canal ainda nesta quarta-feira (30/5). As informações recebidas serão encaminhadas para as polícias Federal, a Rodoviária Federal e para as Forças Armadas. De posse de dados como a rodovia e o ponto de obstrução, os agentes e oficiais se deslocarão até o local para escoltar o caminhoneiro que desejar sair. "Vamos acabar com este constrangimento e esta forma covarde de agredir aqueles que querem simplesmente trabalhar", declarou o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann.

A ação do governo prevê punição para quem obstruir a desmobilização do caminhoneiro. "Nós, na forma da lei, vamos punir com rigor estes que cometem uma violência que não é só covardia contra um ser humano indefeso, mas contra toda a sociedade. Por isso, por uma questão de Justiça, temos que resopnsabilizá-los e puni-los", enfatizou Jungmann.

O governo não trabalha apenas com suspeitas de que caminhoneiros estão reféns da atuação de outros, mas tem também à disposição imagens e vídeos feitos nas estradas que mostram a coação a caminhoneiros que desejam seguir viagem. A decisão de criar o canal de comunicação é um mecanismo para facilitar a denúncia. "O uso da violência em sociedade como a nossa não pode ser disponível como forma de pressão de movimentos trabalhistas, nem como forma de atuação política", criticou o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, Sérgio Etchegoyen.

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