Economia

Dólar cai, mas segue acima de R$ 3,74

No mercado doméstico, os investidores seguem monitorando os desdobramentos da greve dos caminhoneiros e possível mudança na forma de reajuste dos preços dos combustíveis

Agência Estado
postado em 04/06/2018 19:24
Na mínima do dia, o dólar à vista chegou a cair para R$ 3,7264, no começo da tarde desta segunda-feira, 4/6
Depois da forte volatilidade da última semana, o dólar teve um dia relativamente calmo nesta segunda-feira, 4/6, influenciado pelo bom humor no mercado externo, que fez a moeda dos Estados Unidos perder valor ante às principais divisas dos países desenvolvidos e dos mercados emergentes. Na mínima do dia, o dólar à vista chegou a cair para R$ 3,7264, no começo da tarde, mas a divisa não conseguiu se sustentar abaixo do patamar de R$ 3,73 e terminou o dia em R$ 3,7409 (-0,53%). Na máxima, bateu em R$ 3,7542.

[SAIBAMAIS]O dia foi marcado por menor volume de negócios, movimento comum em começos de mês, com os investidores esperando os próximos eventos no mercado doméstico e no exterior para montar posições mais firmes. No mercado à vista, o volume somou US$ 1,3 bilhão, enquanto no mercado futuro chegava a US$ 12,8 bilhões perto das 17h30, abaixo da média de sessões anteriores. "O mercado ficou tranquilo hoje, principalmente depois da volatilidade da semana passada. É começo de mês e o pessoal demora um pouco mais para formar posições", afirma o operador de câmbio da corretora Spinelli, José Carlos Amado.

No exterior, um dos eventos mais aguardados dos próximos dias é a reunião deste mês do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), que reúne os principais dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), dias 12 e 13. Após dados mais fortes do que o previsto do mercado de trabalho dos EUA em maio, divulgados na última sexta-feira, 3/6, cresceu a aposta de que o BC deve elevar os juros ao menos quatro vezes este ano.

No mercado doméstico, os investidores seguem monitorando os desdobramentos da greve dos caminhoneiros e possível mudança na forma de reajuste dos preços dos combustíveis. "A greve tomou dimensão inesperada e culminou na alteração de algumas das correlações entre os ativos", ressaltam os gestores da Adam Capital, em relatório, destacando a piora da bolsa e a alta do dólar que marcou as últimas semanas.

Além de monitorar a Petrobras, os investidores aguardam novas pesquisas eleitorais que devem sair nos próximos dias e podem provocar volatilidade no mercado. Com ambiente agitado nos últimos dias no Brasil, os analistas do Itaú Unibanco destacam que o real teve desempenho pior que moedas pares na última semana. "A piora na perspectiva para o mercado acionário brasileiro pressionou o real no final da semana passada", ressalta relatório do banco divulgado nesta segunda-feira.

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