Economia

Poupança registra terceiro mês seguido com depósitos superando retiradas

Modalidade mais popular de aplicação do país registra, em maio, o terceiro mês consecutivo em que os depósitos superam as retiradas. Resultado foi o melhor para o período desde 2013. No acumulado do ano, saldo é de R$ 1,7 bilhão

postado em 07/06/2018 06:00
A caderneta de poupança fechou o mês de maio com captação líquida de R$ 2,4 bilhões, informou ontem o Banco Central (BC). O valor reflete o montante de recursos que os poupadores depositaram na caderneta, já descontados os saques no período. Este foi o terceiro mês consecutivo de captação líquida na poupança.

O resultado foi o melhor para meses de maio desde 2013, quando houve depósitos líquidos de R$ 5,6 bilhões. Em maio do ano passado, houve entradas líquidas de R$ 292,6 milhões e, em abril de 2018, captação líquida de R$ 1,2 bilhão.

Em 2015 e 2016, a crise econômica havia acirrado os saques na poupança. O aumento do desemprego e a diminuição da renda familiar obrigaram as famílias a sacarem uma parte ou o total dos recursos depositados para fazer frente às despesas diárias. Em 2017, porém, com o início da recuperação econômica, ainda que de modo tímido, a poupança registrou depósitos líquidos de R$ 17,1 bilhões.

Nos dois primeiros meses de 2018, porém, houve mais saídas do que entradas de recursos no sistema. O período geralmente é marcado por saques, já que as famílias precisam cobrir despesas como o pagamento de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e as matrículas escolares. Em março, abril e maio, a poupança voltou a ter captação líquida.

Estoque

De acordo com o BC, o total de aplicações na poupança em maio foi de R$ 181,7 bilhões, enquanto os saques somaram R$ 179,3 bilhões. O estoque total do investimento nas cadernetas está em R$ 740,6 bilhões, já considerando os rendimentos de R$ 2,8 bilhões que foram creditados às contas dos depositantes em maio.

Os recursos da poupança são a principal fonte de recursos para financiamentos imobiliários. Por isso, o declínio dos depósitos na época da crise vinha preocupando as construtoras e imobiliárias, além das instituições financeiras que atuam nesse mercado,

No acumulado dos cinco primeiros meses de 2018, a poupança registra depósitos líquidos de R$ 1,7 bilhão, resultado de aportes de R$ 890,2 bilhões e retiradas de R$ 888,4 bilhões.

A remuneração da poupança é formada por uma taxa fixa de 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR) ; mas esse cálculo vale para quando a Selic (a taxa básica de juros) está acima de 8,5% ao ano. Como a Selic está atualmente em 6,50% ao ano, a remuneração da caderneta é formada pela TR mais 70% da Selic.


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