postado em 07/06/2018 13:06
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, reafirmou hoje (7), em Brasília, que o desconto de 46 centavos no preço do diesel deve chegar às bombas no fim de junho. Ele explicou que parte da composição do óleo comercializado atualmente está com o preço definido na quinzena anterior ao reajuste dado depois da paralisação dos caminhoneiros.
A previsão é que os estoques de diesel com o novo preço já sejam disponibilizados nas bombas a partir da segunda quinzena de junho. O ministro reiterou que o governo vai cumprir o acordo firmado com os caminhoneiros, mas há um ;processo em andamento; até o desconto chegar na ponta para o consumidor.
[SAIBAMAIS];Do dia 16 [de junho] em diante, já começa a pegar a projeção dos preços reduzidos agora do dia 1; a 15 de junho. E do dia 16 a 30 de junho já vai ter uma nova projeção e, aí sim, presumo, todos os postos estarão com os 46 centavos na bomba;, disse Padilha, antes de participar de evento de lançamento do portal Normas.Gov, na sede da Imprensa Nacional.
Sobre a possibilidade de interferência do Estado no preço dos combustíveis, o ministro afirmou que a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) estuda um método para estabelecer uma periodicidade de reajustes.
;Vimos que a ANP vai exercitar sua competência de disciplinar o mercado nacional e está na perspectiva dessa disciplina que também avalie a periodicidade para o reajuste dos combustíveis. Periodicidade, não está se falando aqui em alteração da política de preço da Petrobrás;, ressaltou.
Anistia de multas
Eliseu Padilha negou que o governo possa editar uma medida provisória exclusiva para tratar da questão da anistia das multas aplicadas aos caminhoneiros durante a greve.
A possibilidade foi levantada ontem (6) no Congresso Nacional pelo relator do projeto de lei que regulamenta o transporte de cargas no país, deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP), depois que sua proposta de anistiar os motoristas multados foi retirada do projeto.
O deputado quer garantir que as multas aplicadas na paralisação possam ser convertidas em advertência, seja por medida provisória já em tramitação no Congresso ou por nova medida a ser editada pelo governo.
Padilha respondeu que ;o Congresso trabalha como legislador e o Executivo como Executivo, não há esse compromisso de edição de medida provisória;.